quarta-feira, 15 de maio de 2013

A mamada da madrugada e suas implicações...

Foto: Marly Pereira

Atire a primeira mamadeira quem nunca, nunquinha, consolou choros na madrugada com uma boa dose de leite. E não estou falando aqui dos bebês pequenos, que mamam a cada três ou quatro horas, 24 horas por dia.

Essa mamada costuma virar um problema (para mãe e filho) justamente quando os filhotes não precisam mais dela, coisa que acontece lá pelo quarto mês de vida. Nessa fase, o período de sono noturno vai se estendendo e o ritmo do bebê começa a se aproximar mais do ciclo noite/dia. Quando a criança começa a fazer intervalos  maiores entre as mamadas, de sete ou oito horas, é sinal de que ela pode passar sem essa da madrugada. 

Mas, como o negócio nunca é tão fácil e natural quanto nos compêndios de pediatria, o bebê continua acordando no meio da madrugada. E a gente continua achando que o choro é fome – principalmente porque os outros itens do check-list costumam estar ok (fralda suja, frio, calor). A grande verdade por trás do chororô noturno é bem mais simples: ele quer a mamãe. Só isso. (Eu, com meus quase onze anos de maternidade, nunca tinha ouvido isso assim, com todas as letras).

E daí que muita gente se esquece desse item (ou ignora, ou não percebe, ou simplesmente não acredita. Ou então sabe de tudo isso mas apela pro clássico sossega-leãozinho pra ele voltar a dormir). E dá-lhe leitinho.

Essa saída tem lá seus poréns. Primeiro: seu bebê vai aprender rapidinho que basta abrir o berreiro para as coisas que ele mais gosta se materializarem na sua frente (mamãe e peito, ou mamadeira). Se bobear, esse hábito pode se instalar até beeeeeem depois do primeiro aniversário.  

A saúde do filhote também fica comprometida: a mamada fora de hora interrompe o sono, momento em que os hormônios do crescimento são secretados, e soma calorias desnecessárias. “É um jeito de criar uma criança baixinha e gordinha”, resumiu o pediatra Hany Simon Jr, do Hospital Albert Einstein.

Esse foi outro ponto que rendeu discussão no debate da Johnson`s, mas achei que valia a pena voltar a ele porque é uma realidade em muitas casas...

Beijos,

Gabi

P S: Eu não fiquei refém da mamada-calmante graças à minha pediatra. Mas não posso dizer que criar uma rotina de sono seja, assim, tiro-e-queda. Esse pode ser um looooongo aprendizado. As dicas (veja algumas aqui) ajudam, sim, mas nada como o tempo e a paciência prá tudo entrar no eixo. Boa sorte!

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