terça-feira, 27 de agosto de 2013

A criança bateu a cabeça. É caso de correr para o hospital?

 Na semana passada uma das melhores amigas da Isabela caiu na escola e bateu a cabeça na quina de um armário. Depois que o susto passou e a menina já estava bem, apenas com um pequeno galo e um corte na testa, a diretora ligou para a mãe contando o episódio e sugerindo que ela fizesse uma tomografia só para tirar a dúvida.

Mas, antes de submeter a filha ao exame, ela achou melhor entrar em contato com o pediatra que a acompanha e ele foi categórico: isso não é uma boa ideia, muito pelo contrário, pois esse tipo de exame emite radiação o que, nessa fase da vida, até uns 3 anos e meio, mais ou menos, pode aumentar o risco de câncer no futuro, principalmente se isso se repetir muito, já que o efeito é cumulativo. A mãe contou essa história em um almoço no qual eu e outras mães de crianças pequenas estávamos reunidas e muitas se mostraram preocupadas, pois os filhos já tinham passado por esse tipo de procedimento.

Por isso resolvi conversar sobre o assunto com a pediatra Raquel Quiles, de São Paulo, que é minha fonte antiga. Ela me contou que o risco da radiação provocar câncer existe, sim, mas é pequeno. Apesar disso, ninguém deve fazer uma tomografia à toa. Se a criança bateu a cabeça alguns sinais devem servir de alerta para os responsáveis a levarem correndo para o pronto-socorro: desmaio, vômitos após o trauma, mudanças de comportamento, como sonolência ou agitação, e hematomas muito grandes. Segundo Raquel, a parte da cabeça que levou a pancada não faz tanta diferença, o que deve ser levado em consideração é o mecanismo do trauma, ou seja, se ela caiu de um local muito alto, se estava correndo muito rápido, etc. 

De qualquer forma, esse tipo de acontecimento deixa pais e mães pra lá de preocupados, mesmo que o pequeno não apresente nenhum sintoma que dê indícios de que foi algo mais grave. Por isso, não hesite em falar com o médico que o acompanha. Nem que seja para ficar mais calmo.
Beijos,

Tatá 


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Sai pra lá enjoo!



Outra dia recebi a linda notícia de que uma prima muito querida, a Débora, vai ser mamãe. Assim que contou para a família ela logo mencionou seus desconfortáveis enjoos e me fez relembrar os meus.

Na gestação do Vi não cheguei a passar mal, nem mesmo no primeiro trimestre, foi muito tranquilo. Ufa! Mas, em compensação, quando estava grávida do Tiago, fiquei um bom período com a cabeça enfiada no vaso sanitário! Eca!!! A casa ficava com um cheirinho bem azedo logo cedo e não era por causa do queijo do café da manhã ... Já dá para imaginar o porquê, né?

         A Tatá lembra que, naquela época, minha sobremesa predileta era picolé de limão. O sabor e a temperatura ajudavam a espantar as náuseas. Para mim funcionava e esses dias fui atrás de descobrir o motivo. Segundo a nutricionista e fitoterapeuta Vanderlí Marchiori , o que é gelado interfere com a mucosa do estômago e isso combate de verdade o mal-estar.

         Mas, se você não é fã de sorvete, confira, a seguir, outras sugestões da expert:

- Tente fazer refeições mais leves que não carreguem tanta gordura. Procure reduzir as visitas à pastelaria e esqueça o torresmo por uns tempos.

- Coma sempre pequenas porções e em intervalos mais curtos. O ideal é não ultrapassar 3 horas em jejum.

- Invista no gengibre, faça suco e beba gelado. Essa especiaria contém alguns compostos que atuam no combate às náuseas.

- Não vá dormir depois de comer, tente permanecer sentada ou caminhe um pouco.

- Experimente comer uma torrada integral ao sair da cama, ela ajuda a dar o pontapé inicial ao processo digestivo.

Ah, por fim, só queria deixar registrado que é fundamental conversar com seu obstetra sobre todos os sintomas que a afligem, OK? E, outra coisa, lembre-se que em poucos meses tudo vai passar e você vai estar com seu pacotinho nos braços.

Beijim.
Reg

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Novidades no mundo da beleza

Não, vocês não estão enganados. O foco desse blog é, sim, os assuntos relacionados às crianças. Mas como escrevo também sobre beleza, sou convidada para muitos lançamentos de cosméticos e, como todas as mulheres adoram se cuidar - inclusive as mães, é claro! - achei interessante aproveitar esse espaço para contar um pouco sobre os produtos que conheci nos últimos dois eventos, que aconteceram no final da semana passada. Depois vocês podem me contar se gostam desse tipo de post, ok?!

O primeiro deles foi da Roger&Gallet, que lançou uma linha que conta com colônia, sabonete, hidratante e gel de ducha com um perfume à base de flor de figo que é realmente uma delícia e tem uma ótima fixação. Para quem não conhece a marca, ela nasceu em 1862 na França e usa ingredientes naturais e raros com o objetivo de proporcionar bem-estar através dos aromas.

No dia seguinte foi a vez da TIGI. A empresa, que já é bem conhecida pelos produtos profissionais para os cabelos, apresentou duas linhas de xampu e condicionador, uma para deixar os fios mais brilhantes e outra para fortalecê-los e revitalizá-los, uma fórmula para deixar os cachos mais definidos por mais tempo e outra que promete madeixas lisas por 48 horas. Além disso, eles deixaram todos os convidados babando com a nova linha de maquiagem com embalagens lindíssimas!

E aí, gostaram das novidades? Querem continuar sabendo o que movimenta o mundo da beleza? Contem pra mim. Vou adorar saber a opinião de vocês.

Beijos,

Tatá

Alguns dos lançamentos de maquiagem da TIGI
                                               
    Novidades da Roger & Gallet
                       

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Afinal, o que querem as mães?

Trabalhar, segundo uma reportagem publicada na revista do NYTimes no último fim de semana. Há dez anos o mesmo jornal tinha mostrado um cenário exatamente oposto, em que as mulheres, mesmo as altas executivas, estavam optando por ficar em casa para cuidar dos filhos. Uma década depois, ao ouvir as mesmas mulheres, a realidade se inverteu.

Essas mães contam que o sonho de se dedicar exclusivamente à educação das crianças  cobrou seu preço - às vezes alto,  traduzido em falta de independência, golpe na auto-estima, uma divisão injusta de tarefas domésticas...

É bem verdade que nenhuma se arrependeu da opção feita anos atrás. Mas todas começaram um movimento de volta ao mercado. Muitas se reinventaram, buscaram novas ocupações e profissões, tudo sem abrir mão da flexibilidade para continuar cuidando dos filhos.

O que nos diz esse retrato? Que estamos na estaca zero novamente e que se alguém conseguiu encontrar o equilíbrio entre profissão e filhos, por favor, se manifeste. Meu tempo de maternidade é justamente essa década que separa as duas reportagens. Desde que me tornei mãe, vi de tudo -  gerente que virou professora, diretora que virou dona de loja, farmacêutica feliz da vida em casa, analista de RH que virou autônoma, bancária transmutada em corretora de imóveis... Mas o que mais vi mesmo é mãe ser demitida.

Raríssimas conseguiram levar a mesma vida, no mesmo ritmo e com os mesmas responsabilidades de antes. Algumas optaram por ficar em casa e encontraram uma realização genuína nesse papel. A esmagadora maioria luta todos os dias, entrando e saindo de empregos, inventando e reinventando trabalhos, tentando equilibrar tarefas, horários e responsabilidades para acompanhar os filhos de perto sem tirar o pé do mercado. Todas, sem exceção, dizem se sentir sempre em dívida – ou no trabalho, ou em casa.

Eu me incluo nesse grupo. Desde que tive minha primeira filha, alternei períodos em que trabalhei como free-lancer, em casa, e outros em que voltei às redações. Tive grandes conquistas profissionais e não lamento nada das minhas escolhas. Mas também sei que muitos trabalhos ainda estão fora do meu alcance porque são incompatíveis com o tempo dos meus filhos.

A partir da reportagem, uma organização americana fez uma enquete com mais de duas mil mães, publicada no Huffington Post, e comprovou que a enorme maioria sonha mesmo com um trabalho meio-período. Das que estão em casa, mais da metade não teria parado de trabalhar se pudesse ter um horário mais flexível. E a esmagadora  maioria planeja voltar ao mercado.

Por enquanto vivemos uma espécie de “paz negociada”, em que as mulheres vão se ajeitando como podem enquanto os filhos crescem. Quem dera a gente pudesse exigir uma PEC das mães que garantisse meio-período para quem tem crianças, com direito a sair no horário sem cara feia do chefe.

Mas o que será que vai dar quando esse exército de mães extremamente motivadas, acostumadas a desempenhar múltiplas funções, treinadas na arte de driblar conflitos e encontrar soluções, acostumadas a fazer das tripas coração resolver voltar às trincheiras? Espero que pelo menos minhas filhas vejam alguma mudança na sociedade.


E você? Como resolveu a equação entre a vida profissional e a maternidade? A gente quer saber!

Beijos,

Gabi

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Com que aulinha eu vou?

Foto: SXU
Balé, natação, judô... Mais cedo ou mais tarde, a gente se vê às voltas com aulinhas de todo tipo. Claro, ninguém discute a importância de mexer o corpo para o bom desenvolvimento dos pequenos (até porque não é nada saudável ficar um período inteiro em casa todos os dias onde a tentação da TV e de todos os Iqualquer coisa é grande). Mas tudo depende da idade! Nada de forçar a barra e antecipar atividades. 

“É preciso conhecer e respeitar o estágio de desenvolvimento motor da criança”, ensina a educadora física Juliana Freitas, da MJ Personal Trainers, que lançou um programa de atividade física bem bacana especialmente focado nos pequenos. “Há atividades diferentes para as diferentes faixas etárias”, esclarece ela.

Apesar do  malabarismo que significa matricular três filhos em três atividades diferentes em dois períodos opostos, faço questão de despertar e incentivar o gosto pela atividade física desde cedo. Quero que um dia eles tenham uma atividade para chamar de sua – e que isso seja parte de uma rotina saudável, não uma penosa obrigação  Por enquanto, a mais velha e o mais novo curtem qualquer diversão nas quadras. Já a do meio se encontrou na dança.

Veja aqui a melhor atividade para cada faixa etária:

Dos 2 aos 5 anos 
Nesta fase a criança está desenvolvendo habilidades como a coordenação motora grossa, a orientação espaço-temporal, o equilíbrio e o ritmo, entre outras. As atividades ideais são brincadeiras e jogos que estimulem a psicomotricidade e o conhecimento de seu próprio corpo. Elas também devem servir de ferramentas para socialização. Atividades mais indicadas: jogos com bolas, canções que envolvam o toque das mãos nas diversas partes do corpo, movimentos de girar, abaixar, subir e correr, rastejar, pular. Se você optar por já colocar em aulinhas de balé ou natação, por exemplo, observe se elas são bem lúdicas.

Dos 6 aos 7 anos 
O treinamento ainda não deve ser levado a sério, mas é nesta fase que procura-se desenvolver o maior número de habilidades na criança. É hora de experimentar todos os esportes possíveis. É aqui que a criança aprende a viver em grupo e passa a relacionar suas capacidades físicas motoras (força, resistência e velocidade) com as chamadas capacidades físicas coordenativas, que são o equilíbrio e a noção de distância, aliadas à flexibilidade. 
Atividades indicadas: jogos que utilizem essas habilidades e todos os esportes. Mas atenção: eles devem ser encarados como meio de experimentar e praticar a velocidade, a força, o equilíbrio e a flexibilidade - e não como um fim em si.

Entre 8 e 11 anos 
Estimule jogos e brincadeiras que envolvam, além do esforço físico, estratégias e raciocínio mais elaborado, como xadrez, mímicas, entre outros. As crianças também devem participar de atividades que as façam raciocinar rapidamente, como passar a bola e chutar para a pessoa certa, correr e esperar o adversário. 

Depois dos 11 anos 
É a fase da iniciação esportiva. Nesta idade a criança adora viver em grupo, por isso vale estimular os esportes coletivos. Fique atento à modalidade que a criança mais curte para incentivar sua prática. “Os pais devem procurar qualquer atividade que a criança se identifique, mas jamais devem se preocupar com competições e resultados. Vale lembrar que seu filho ainda é uma criança e não um atleta profissional. Se os treinos não servirem para que ela alcance grandes performances, pelo menos podem torná-la mais saudável física e mentalmente”, lembra Juliana.

E a musculação, onde entra? Essa, só depois dos 12, mais ou menos, quando os hormônios já entraram em ação deixando ossos e músculos prontos para essa prática e a consciência corporal é maior. Ah, mas sempre com orientação! (aliás, a Ju me contou que essa atividade está entre as campeãs de preferência nessa idade, perdendo só para o futebol e a dança...)

Um beijo,

Gabi


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mitos sobre a amamentação

Para encerrar (meio tarde, é verdade...) a Semana Mundial do Aleitamento Materno...

O mundo da amamentação é cercado de mitos, alguns tão poderosos que ganharam o status de verdades. Se você quer amamentar, vale a pena separar o joio do trigo. “Acredito que uma combinação de fatores leva as mães a não colocar em prática o aleitamento materno exclusivo, como a percepção errônea de alguns profissionais que a mãe já sabe amamentar, a falta de persistência de algumas justificada pelos mitos, além de orientações erradas de diferentes fontes”, avalia  Emanuele Marques, uma das autoras de um artigo muito esclarecedor sobre o tema, da Universidade Federal de Viçosa.

Então, vamos às falsas verdades que circulam por aí:

Leite fraco – ao que parece, essa crença surgiu há muito tempo, ao comparar o leite humano com o da vaca. A aparência mais aguada do nosso líquido abriu caminho para esse mito. Mas os especialistas garantem: o leite da vaca é bom para... o bezerro. O nosso contém exatamente tudo o que o bebê precisa e a composição dele é bem específica, inclusive a dosagem de proteínas, bem diferente daquela da vaca. Apenas mães com desnutrição grave podem ter seu leite afetado.

Pouco leite – Muita gente acha que o fato de o bebê chorar muito significa que ele está com fome e que o leite da mãe não está sendo suficiente. Segundo os especialistas, são raríssimos os casos de mulheres que produzem pouco líquido. O que acontece é que a produção de leite depende do estímulo. Quanto mais o bebê mamar, mais a mulher vai produzir. Por isso, se você pular mamadas, não esvaziar bem o peito ou ficar oferecendo a mamadeira, o pequeno vai beber cada vez menos. E aí sim a produção cai. Agora uma coisa é verdade: o estado emocional da mãe também interfere. O estresse afeta a produção, sim. Portanto, muita calma nessa hora e vá em frente!

Leite sozinho não mata a sede – Pura bobagem! O leite materno tem a quantidade de água necessária para o bebê. Não é preciso dar chás nem nenhum outro líquido ao pequeno antes dos seis meses (ou conforme a indicação do seu pediatra, claro). Aliás, isso pode até diminuir o apetite dele na próxima mamada – e, novamente, isso pode comprometer a produção de leite. Aqui vale lembrar que a composição do leite também varia ao longo da mamada. O inicial mata mais a sede, já o leite chamado posterior é mais calórico, rico em gorduras, e garante saciedade. Por isso é tao importante esvaziar bem os seios em cada mamada. 

O bebê não quis pegar o peito – O pequeno já nasce com o reflexo da sucção  mas ainda assim precisa aprender a mamar – e a mãe,  a amamentar. Na maioria das vezes, essa aparente “recusa” está mais relacionada a erros na pega da mama ou na posição do bebê. Os “caroços” que se formam nos primeiros dias, quando a oferta e a demanda ainda estão se equilibrando, também podem atrapalhar (veja sobre isso neste post). Nessa hora, uma boa orientação, feita por profissionais capacitados, pode fazer toda a diferença.

Beijos e boa sorte!

Gabi 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Toda dia é dia (de festa) dos pais


“Close your eyes

Have no fear

The monster's gone

He's on the run and your daddy's here”


            Eis o comecinho da música Beautiful Boy, de John Lennon. Clique aqui para ouvi-la. A letra toda é assim, simples, delicada, mas faz transbordar o amor pelo seu pequeno Sean. John sempre foi meu Beatle favorito e confesso que minha paixão por ele aumentou quando ouvi relatos sobre o quanto ele se dedicou ao filho que teve com Yoko. Dizem as biografias que o músico inglês largou sua carreira por alguns anos para cuidar exclusivamente do filhote. Quem dera todo pai pudesse fazer assim... Tá bom, tá bom, tô sonhando alto, sei que é quase impossível pensar em dedicação total nos dias de hoje, mas vamos imaginar como seria se os homens trocassem mais de lugar com as mulheres.

Aqui em casa, por exemplo, os moleques iriam dormir mais tarde, ia ter pipoca de lanche sempre, os banhos seriam muito mais demorados e com direito a lambança no banheiro, os joguinhos de computador não teriam hora para acabar, o som tocaria bem mais alto, a sobremesa viria antes da refeição, a sala seria o local perfeito para andar de patinete e estourar bolhas de sabão, ninguém se preocuparia se a calça estivesse com um baita rasgo no joelho ou se o tênis fosse o mais imundo do planeta...

Gente, agora que listei tudo isso, fiquei pensando sobre o quanto sou chata em ficar regulando toda essa diversão. Acho que, daqui pra frente, vou tentar agir um pouco mais como... PAI!!!!

Feliz Dia dos Pais!!!!!

Beijim com muito amor.

Reg


           

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O desafio de desmame

 Logo depois que a Isabela nasceu, tive alguns problemas pessoais sérios e isso atrapalhou muito o início do processo da amamentação, já que, para tudo acontecer da maneira adequada, a mãe precisa estar muito calma e centrada. Na época, ela foi perdendo peso e depois de algumas semanas ficou muito fraca e eu cada vez mais cansada e preocupada. Por isso tive que complementar o meu leite com fórmulas prontas.

A boa notícia é que depois de um tempo as coisas entraram nos trilhos e a Bebé começou a mamar direitinho. E o tempo foi passando e, acreditem se quiser, ela não parou até chegar quase aos 3 anos de idade. Fui muito criticada por isso. Muito mesmo! E muitas vezes me senti a mãe mais mole do mundo por não conseguir interromper o processo. E tenho que assumir que em alguns momentos isso ta

mbém me incomodou, pois ela colocava a mão dentro do meu decote nos lugares mais impróprios. E em várias situações pensei: dessa semana não passa. Mas esse contato tão especial entre mãe e filha e o efeito tranquilizador impressionante que acontecia quando ela encostava no meu peito – não tinha nada mais eficaz quando ela está muito manhosa ou demorava muito pra dormir - , além do fato de eu ter bastante leite e nunca ter sofrido com problemas como rachaduras, me fizeram voltar atrás.


Finalmente consegui fazer a Isabela parar de mamar usando como desculpa a passagem do berço para a cama. Mas olhando pra trás tenho certeza de que esse episódio só trouxe boas coisas para nós duas e me ajudou a perceber que muita gente se dá ao direito de dar opinião na forma como criamos os nossos filhos. É claro que quem já tem mais experiência pode dar umas boas dicas, sim, mas que as mães precisam ter cuidado com elas, pois cada um fala uma coisa diferente e isso só acaba nos deixando mais confusas e, muitas vezes, culpadas. Na minha opinião nada é tão certeiro e eficaz quanto o feeling de uma mãe. Confie no seu! 

Beijos,

Tatá

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Sobre peitos rachados

Foto: Marly Pereira
E já que estamos na Semana Mundial do Aleitamento Materno, aqui vai minha contribuição. Logo que engravidei, tinha duas certezas: que teria parto normal e que amamentaria tanto quanto pudesse. Afinal, são dois processos naturais. Não tem como dar errado, pensava eu. Sobre os partos, conto em outro post. Mas realmente não imaginava que amamentar envolvia um certo aprendizado. E que a coisa não vem assim, digamos, tão naturalmente. Por sorte, fui muitíssimo bem orientada na maternidade. Então, logo aprendi sobre a pega correta da mama, a necessidade de esvaziar bem cada peito e oferecer os dois em cada mamada para garantir um alimento completo.

Eu só não contava com as rachaduras...apesar das orientações na gravidez e na maternidade, sabe-se lá por que as benditas fissuras deram as caras. E com meus três bebês! Eu sempre achava que estava fazendo tudo direitinho, o processo todo começava muito bem, tudo fluía até que umas duas semanas após o parto apareciam as tais feridas.

Até hoje não sei por que isso aconteceu, só lembro que era uma dor lancinante, insuportável mesmo. Amamentava chorando, meus seios sangravam, e eu sofria só de imaginar a próxima mamada. O bebê sugava e parecia que umas facas atravessavam minha pele. Cheguei a pensar que não poderia continuar.

Tudo se resolveu quando alguém recomendou um creme que na época não existia no Brasil – o tal Lansinoh. Feito à base de lanolina, ele hidrata os mamilos e estimula a regeneração da pele. O mais importante:  não é nocivo para o bebê, por isso nem precisa retirar antes de amamentar. Em poucas aplicações, o seio fica novo em folha.

Gente, tô fazendo propaganda grátis porque o troço é mesmo milagroso. Acho que é um item de primeira necessidade nos enxovais da grávida. Para sorte das novas mamães, nem é mais preciso camelar para encontrar ou encomendar para quem vai viajar. Desde abril ele já está disponível no Brasil (no site deles tem os pontos de venda em todo o país).

Bom, o fato é que nas duas outras gestações tratei de garantir um bom estoque antes do parto. Só não me dei conta que poderia ter passado antes, para prevenir. Mas, pelo menos, assim que me deparei com o problema, rapidamente me besuntei com o tal achado. Graças a ele, consegui amamentar tranquilamente todos os meus filhos até completarem um ano...

Para quem está grávida ou está começando a amamentar, fica a dica.


Um beijo!

Gabi

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

As dores e as delícias de amamentar



         Lá se vão oito anos, mas lembro bem da primeira vez que o Victor – meu mais velho – mamou no peito. Ele se aninhou no seio esquerdo e pegou certo, assim, logo de cara. Tempos depois, assistindo uma palestra do pediatra Fernando Nóbrega, em um congresso, soube que estrear as mamadas do mesmo lado do coração favorece a tranquilidade e a segurança. Isso por causa do barulho dos batimentos cardíacos que soam familiares aos ouvidos do filhote, afinal ele ficou nove meses ao som do tum tum tum, né?


         Outra cena inesquecível foi quando a enfermeira veio ensinar a “amolecer” o peito empedrado. Ai, só de relembrar já dói! A tentativa de “desmanchar” os carocinhos doloridos foi um verdadeiro pesadelo. Minha sorte é que apareceu outra expert bem mais carinhosa depois. E com muita delicadeza foi desfazendo todos os calombos, com as pontas dos dedos, em espiral, de fora para dentro até o bico. Aliás, essa técnica foi útil por vários dias. Santa enfermeira! É que o Vi tinha preferência por um dos peitos e acabava mamando só ali. Resultado: o outro ficava lotado de leite, duro e pingando. Mas, ao longo do mês, nós dois aprendemos a alternar os seios e esse desconforto todo se foi. Ok, é natural achar um posição mais aconchegante, confortável e tal, mas vale tentar equilibrar e oferecer ambos os peitos.


         Também me considero uma grande sortuda por não ter tido rachaduras no bicos – um problemão bem comum por aí. Aliás, cabe salientar, que a obstetra que acompanhou meu pré-natal, a dra. Lúcia Hime, merece muitos louros, afinal, durante a gestação ela ensinou a esfregar uma bucha nos mamilos durante o banho para que eles ficassem mais resistentes. Converse com seu médico e peça orientação sobre o momento adequado para começar a fazer esse exercício, porque dá resultado, viu?


         E assim, em meio a uma porção de cabeçadas, consegui amamentar o Vi durante 10 meses. O Tiago – meu mais novo – mamou bem menos, foi apenas um semestre. Um estresse forte interferiu com minha produção de leite e assim descobri que nem sempre o aleitamento acontece do jeitinho que a gente sonha. Fazer o quê...
        Beijim e boa sorte!

        Reg