Na semana passada uma das melhores amigas da Isabela caiu
na escola e bateu a cabeça na quina de um armário. Depois que o susto passou e
a menina já estava bem, apenas com um pequeno galo e um corte na testa, a
diretora ligou para a mãe contando o episódio e sugerindo que ela fizesse uma tomografia
só para tirar a dúvida.
Mas, antes de submeter a filha ao exame, ela achou melhor
entrar em contato com o pediatra que a acompanha e ele foi categórico: isso não
é uma boa ideia, muito pelo contrário, pois esse tipo de exame emite radiação o
que, nessa fase da vida, até uns 3 anos e meio, mais ou menos, pode aumentar o
risco de câncer no futuro, principalmente se isso se repetir muito, já que o
efeito é cumulativo. A mãe contou essa história em um almoço no qual eu e
outras mães de crianças pequenas estávamos reunidas e muitas se mostraram
preocupadas, pois os filhos já tinham passado por esse tipo de procedimento.
Por isso resolvi conversar sobre o assunto com a pediatra
Raquel Quiles, de São Paulo, que é minha fonte antiga. Ela me contou que o
risco da radiação provocar câncer existe, sim, mas é pequeno. Apesar disso,
ninguém deve fazer uma tomografia à toa. Se a criança bateu a cabeça alguns
sinais devem servir de alerta para os responsáveis a levarem correndo para o
pronto-socorro: desmaio, vômitos após o trauma, mudanças de comportamento, como
sonolência ou agitação, e hematomas muito grandes. Segundo Raquel, a parte da
cabeça que levou a pancada não faz tanta diferença, o que deve ser levado em
consideração é o mecanismo do trauma, ou seja, se ela caiu de um local muito
alto, se estava correndo muito rápido, etc.
De qualquer forma, esse tipo de acontecimento deixa pais
e mães pra lá de preocupados, mesmo que o pequeno não apresente nenhum sintoma
que dê indícios de que foi algo mais grave. Por isso, não hesite em falar com o
médico que o acompanha. Nem que seja para ficar mais calmo.
Beijos,
Tatá