terça-feira, 30 de abril de 2013

Arroz selvagem e monotonia à mesa




Lá se vai uma década que escrevo sobre nutrição e, apesar de pesquisar muito sobre o assunto, cometo gafes em casa que deixariam meus entrevistados de cabelo em pé. Para estrear aqui no Fralda Justa, escolhi uma história que ilustra direitinho essas mancadas.

Outro dia meu marido deu de cara com um pacote de arroz selvagem em promoção. Não pensou duas vezes, comprou e, empolgado, foi atrás de receitas. Sem acabar com a euforia, avisei que não era preciso cozinhar grande quantidade porque os meninos não comeriam. Preconceito total. O mestre-cuca, então, fez uma panela minguada. Resultado: teve que voltar para o fogão e preparar mais. Os moleques adoraram e eu também, claro, mas, fiquei com cara de tacho ao ouvir o Victor que veio com essa: “Ôôô, mãe, por que você nunca fez essa delícia antes?”

Revirei minha cachola para descobrir de onde tirei a ideia de que criança se contenta apenas com o trivial. Não achei a resposta até agora. Aliás, o recado das minhas amigas nutricionistas é o de variar o cardápio sempre para garantir uma grande oferta de nutrientes no dia a dia. Variedade é sinônimo de riqueza no prato. E é fundamental apresentar novos sabores desde cedo. Quanto maior o contato com novidades, menor o risco para a rejeição de hortaliças e de frutas mais adiante. Não tenha medo de experimentar!

Ao trocar o arroz branco pelo tipo selvagem, por exemplo, a refeição ganha uma dose extra de fibras, o que é bacana para o intestino. Sem contar que o ingrediente exótico oferece ferro, mineral importantíssimo para a garotada. Ah, e a dica do “chef” aqui de casa é caprichar no azeite ao final do preparo para deixar a iguaria ainda mais saborosa e bem molinha.

Beijim.

Reg

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Pezinhos bem calçados



Foto: Marly Pereira

Escolher um sapato para a Isabela não é uma tarefa fácil. E não é apenas a infinidade de cores e modelos disponíveis nas lojas que me deixam em dúvida. Saber qual é o tamanho que devo levar pra casa também não é tão simples. Os fabricantes não ajudam, pois o 22 de um não é, necessariamente, igual ao 22 de outro. Isso sem falar que na maioria das vezes ela não está a fim de experimentá-los. Para esclarecer tudo isso foi conversar com quem entende do assunto: a ortopedista pediátrica Daniela Rancan, do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo.

 Ela me contou que o ideal é que o sapatinho seja anatômico, especialmente até os dois anos de idade, quando os pés ainda estão se formando. Outro detalhe importante é que a sola tenha boa aderência com o chão. Saltos? Nem pensar! Mesmo que sejam baixinhos. Os chinelos de dedo e os Crocs estão liberados, mas devem ter aquele elástico atrás do calcanhar. No caso dos bebês, não há problema em colocar um calçado para dar uma bossa à roupa, mas ele deve ser bem molinho e confortável. Em relação ao tamanho, ele deve ter uma folga de cerca de um dedo entre a ponta do dedão e a ponta do sapato. Uma boa dica, que aprendi com uma vendedora para as ocasiões em que as crianças não estão cooperando na hora de verificar esse detalhe, é comparar a palmilha de um calçado que esteja servindo bem com a do que está prestes a ser levado pra casa. Optar por um que esteja maior do que o ideal para não ter que doar o par novinho, já que o pé dessa turminha cresce de um mês para o outro, também não é um bom negócio, pois pode comprometer o equilíbrio.

Beijos

Tatá

domingo, 28 de abril de 2013

Criança doente, pais angustiados...Levo no pronto-socorro ou dá prá esperar?




Outro dia li no jornal sobre a superlotação dos hospitais nesta época e lembrei da minha primeira vez...Na minha estreia num PS, levei minha caçula com uma febre que não passava e logo percebi que ela até podia se tratar do que fosse, mas iria sair dali com quatro outras doenças de tanta gente tossindo e espirrando na cara dela. Eu estava grávida e pensamentos hipocondríacos me invadiam dizendo que eu também pegaria alguma doença grave e passaria pro bebê, que seria uma tragédia e tal. No fim ela não tinha nada e ainda levei bronca da pediatra que me disse prá correr pro hospital só em caso de urgência. Aprendi duas lições: primeiro, que uma mãe não pode passar sem um pediatra que atenda celular. Dois: toda mãe deve desenvolver noções mínimas de medicinês.

Ok, ninguém está falando que seja fácil encontrar alguém competente, disponível e, de preferência, que atenda convênio e que bata com seu santo. Mas, acredite, eles existem. E você deve insistir nessa busca. Seu filho merece – e você também. Lembre-se: são anos e anos de febres, diarreias, dores de garganta, de ouvido e todas as ites que você nunca ouviu falar. Ou você tem alguém pra te ajudar a separar o joio do trigo, ou você vira sócio do hospital. Não tem outra.

Se você ainda está na dura labuta de encontrar um pediatra pra chamar de seu, aqui vão algumas dicas da dra. Milena de Paulis, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, para ajudar a saber se é o caso de correr pro pronto-socorro ou se dá pra resolver a coisa com um telefonema.

·         Febres: é normal que a criança fique caidinha. Precisa dar um antitérmico e observar como ela reage: se volta a brincar e fica mais animada, dá prá esperar a consulta com seu médico. A maioria das infecções são causadas por vírus e se resolvem sozinhas em 3 a 5 dias.
·         Tosse: se a criança não tem falta de ar, respiração rápida e curta ou dor para respirar, mesmo com febre pode-se esperar a consulta.
Atenção: vale lembrar que, no caso de gripes, o tratamento com o antiviral só funciona direito se iniciado em 48 horas após o início dos sintomas. Então não vacile se for essa a suspeita

Estes sintomas também podem esperar pela consulta:
·         Quadros de diarreia, sem vômitos, em que a criança consegue beber líquidos
·         conjuntivite
·         doenças de criança como: catapora, caxumba, roséola, rubéola
·         Isso sem falar em unha encravada, assaduras, corrimentos, micoses, verrugas, bicho de pé, bicho geográfico, quadros de pele em geral, sarna, piolho – é....nas emergências dá de tudo, por incrível que pareça

Estes, por sua vez, justificam toda a neurose de mãe. Corra para o hospital mais próximo nestes casos:

*Crianças menores de 3 meses de idade com febre maior do que 37,8º;
*Crianças com menos de três anos com febre maior que 39°, sem nenhum sintoma aparente, como tosse, coriza, alteração urinária ou intestinal
* Recém-nascidos que ficam  apáticos, pálidos ou roxinhos de repente e sem explicação aparente
*Quadros de vômitos incontroláveis (mais de três episódios em uma hora), mesmo após a criança ser medicada
*Intoxicações: ingestão de substâncias químicas ou medicamentos.
*Acidentes domésticos como queimaduras, cortes, quedas com ferimentos profundos ou fraturas, afogamentos e engasgos com perda da respiração
*Crises de asma com dificuldade para respirar
*Traumas na cabeça: principalmente quando ocorrem em crianças menores de dois anos de idade, que caíram de uma altura maior que 1 metro, rolaram mais de 5 degraus de uma escada e apresentam os famosos galos, em qualquer região da cabeça. A sonolência, após uma queda, deve ser avaliada quando tenta-se acordar a criança e ela não acorda.
*Convulsões com ou sem febre
*Alteração do nível de consciência: sonolência excessiva sem explicação, irritabilidade sem causa aparente, alteração súbita do comportamento como, por exemplo, desorientação.
*Dores intensas que limitam a atividade da criança.
*Reações alérgicas com placas vermelhas pelo corpo ou falta de ar

Gabi




sexta-feira, 26 de abril de 2013

Nasceu!


Oi gente! Muito prazer! Somos três mães, as três jornalistas, que resolvemos criar este blog depois de uma conversa em que, como esperado em qualquer roda de mães, o tema principal era, claro, a garotada. Percebemos que, apesar de escrevermos sobre saúde e bem-estar há mais de dez anos, tínhamos as mesmas dúvidas que toda mãe tem e que é muito legal ter com quem trocar informações e dicas. Por isso decidimos convidar todas vocês prá participar do nosso papo. Mas antes de mais nada, vamos às apresentações:

A Reg, que na certidão de nascimento aparece como Regina Célia Pereira, é mãe do Victor, de 8 anos, e do Tiago, 5 anos, e mesmo sem saber cozinhar muito bem adora falar sobre alimentação saudável, cardápios e afins. Tem todos os nutrientes na ponta da língua e escreveu vários livros sobre o assunto. Já passou pelas redações da Superinteressante e da Revista Saúde, da Editora Abril, e integrou o Grupo de Estudos em Nutrição e Atividade Física (Genaf), da Universidade Federal de São Paulo.


A Gabi (Gabriela Cupani) é mãe da Bia, de 10 anos, da Letícia, de 8, e do Felipe, de 5. Passou pelas redações da Revista Saúde e da Folha de S.Paulo, ali como repórter da editoria de Saúde e do caderno Equilíbrio. Também foi editora de Saúde e Ciência do portal do Estadão (estadao.com.br). Vive à caça de novidades sobre como viver melhor, hábitos saudáveis, comportamento, bem-estar e, claro, saúde dos filhos (e da mãe!).


Thais Szegö, mais conhecida como Tatá, é mãe da Isabela, de 2 anos e oito meses. Ela começou sua carreira na Revista Saúde, onde ficou por oito anos. Quando começou a pensar em ser mãe, decidiu que era hora de mudar de vida e começou a trabalhar em casa. De lá prá cá se passaram cinco anos e ela tem colaborado regularmente para diversas publicações como Claudia Bebê, Nova, Elle, Marie Claire, Men`s Health, Women`s Health, Saúde, Bons Fluidos, Corpo a Corpo, entre outras. Tatá é especialista em saúde, fitness e beleza e não lida com esses assuntos só na hora de escrever. Ela frequenta academia diariamente e é apaixonada pelo mundo dos tratamentos, cremes, maquiagens e afins e vive se desdobrando para manter a malhação e os cuidados com a estética em dia sem deixar de dar atenção para a pequena Bebé...


Aqui você vai encontrar posts com notícias e dicas sobre os mais diversos assuntos do maravilhoso mundo da maternidade, desde como montar uma lancheira saudável até como disfarçar olheiras depois de uma noitada tentando fazer uma criança parar de berrar.


Agora é a sua vez! Fique à vontade pra contar suas histórias, fazer comentários e dividir suas dúvidas com a gente.


beijos,


Reg, Tatá e Gabi