quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Mais cuidado sob o sol

 Na semana passada resolvi levar a Isabela para passear em um parque junto com uma amiga minha e o cachorro dela. Antes de sair de casa, avisei a Bebé que ela teria que passar protetor solar e, como era de se esperar, ela não gostou muito da ideia. Na hora, a minha companheira de passeio questionou se não era o caso de esquecer a ideia e evitar uma briga. Mas eu não arredei o pé, pois ter esse cuidado desde a infância é importantíssimo, já que a ação danosa dos raios UV é cumulativa. Ou seja, aqueles minutos de sol que você tomou pra ir a pé até a padaria são somados às horas que você passou na praia ou no parque e todos eles juntos a longo prazo vão provocando rugas e manchas, sem falar no câncer de pele. E isso começa a ser contabilizado desde a infância. Pois é! Os especialistas estimam que cerca de 80% da exposição solar aconteça até os 18 anos, pois é uma fase que ficamos mais tempo ao ar livre e não nos preocupamos em proteger a pele.

E o protetor deve entrar em cena faça chuva ou faça sol. Isso porque cerca de 80% da radiação solar atravessa as nuvens e como não sentimos aquela sensação de calor, acabamos perdendo a noção de quanto tempo já ficamos expostos. Na hora de escolher o produto para os pequenos o ideal é optar pelos físicos, o que significa que formam uma barreira capaz de refletir os raios ultravioleta e costumam ser feitos com óxido de zinco, ferro ou titânio. Os químicos, como o próprio nome diz, provocam uma reação química na pele, o que não é muito indicado nessa fase. Cheque no rótulo se o produto também oferece proteção contra os raios UVA e se é hipoalergênico. Espalhe-o sobre o corpo do pequeno meia hora antes de sair e a o ideal é que a aplicação seja feita sem roupa, para que nenhuma área fique desprotegida. E não se esqueça das orelhas, do pescoço e do dorso das mãos. O processo deve ser repetido a cada 2 horas, em média. Mas, se a criança ficar muito tempo na água ou suar demais, a frequência deve ser maior e mesmo com essa proteção os horários de pico do sol (entre 10:00 e 16:00 hs) devem ser evitados.

Mas se o seu filho tem menos de seis meses, esqueça essa recomendação por enquanto, pois nessa fase da vida a pele é mais fina, sensível e permeável e, por isso, ficamos mais sujeitos a intoxicações provocadas pelas substâncias químicas desse tipo de produto. Nesse caso o ideal é reduzir a permanência sob o raios para cerca de 10 minutos diários, que podem ir aumentando gradativamente.

Mas independente da faixa etária, nada de evitar que a criançada tome um solzinho. Com todos esses cuidados ele é muito bem-vindo, pois é essencial para a síntese da vitamina D, nutriente responsável pela absorção e fixação do cálcio e que dá uma força para o sistema imunológico.

Beijos,

Tatá

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A ginástica que é fazer uma ginástica (mas dá prá começar a cuidar de você já!)

Depois que virei mãe, passei muito tempo só na gincana que é a vida entre filhos, trabalho, chefes, supermercado e afins. Nunca encontrava tempo para mim (alguém se identificou?). Mas esse malabarismo todo acabou com minha saúde. Graças a Deus, ao meu médico e ao meu treinador, isso é coisa do passado remoto. Hoje treino religiosamente seis vezes por semana, e aprendi a deixar toda emergência doméstica prá depois (não foi fácil, mas com boa vontade dá prá abrir esse tempinho. Tem dia que dá tudo certo e treino de manhã cedo, enquanto as crianças estão nas suas atividades. Tem dia que dá tudo errado, mas vou prá esteira à noite mesmo assim). Nem preciso dizer que minha saúde está 100% e não sinto mais o cansaço sem fim que eu sentia. Mas ainda me deprime lembrar que às vezes só mesmo um susto prá gente se cuidar...

Então, se você não faz nadinha de nada, que tal começar com uma caminhada de meia hora? Só isso já basta para operar verdadeiros milagres na sua vida, na sua saúde e na sua silhueta – desde que seja todo dia, claro. Eu sei que para muita gente pensar em incluir uma ginastiquinha no dia seria quase como uma proposta para subir o Everest. Mas vejam o que descobri sobre os poderes das passadas numa entrevista que fiz com Victor Matsudo, coordenador do programa Agita São Paulo, faz algum tempo:

  • O colesterol ruim despenca e o chamado bom, aquele que protege as artérias, sobe. Mesmo um exercício moderado como a caminhada reduz a necessidade de remédios para esses males e melhora a saúde do coração e o condicionamento cardiovascular
  • O corpo consegue tirar de circulação a glicose do sangue com mais eficiência, o que diminui o risco de complicações cardiovasculares e de diabetes
  • A chance de câncer de mama e de pedra na vesícula também é menor em quem caminha regularmente
  • Até o cérebro fica mais em forma: cai o risco de demência senil
  • A caminhada age como um verdadeiro calmante, combatendo a agitação, o estresse e a ansiedade, que só pioram com a correria da rotina. Aliás, o sono também agradece.
Academia é difícil? Não tem esteira no prédio ou em casa? Uma volta no quarteirão (empurrando o carrinho do bebê se for o caso) já ajuda, desde que não seja para conversar com a comadre. O importante é fazer questão de abrir esse tempo para sua saúde (e sanidade!).

Vale lembrar que mesmo para começar a caminhar é preciso o aval do médico – principalmente se você tiver alguma doença do coração, hipertensão, diabetes ou tiver problemas de coluna ou articulares. Ele também vai estabelecer o ritmo ideal para você se exercitar, inclusive considerando seus objetivos, como perda de peso e melhora no condicionamento físico.

Bora começar já?

Gabi

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Chocolate, um aliado das mães à beira de um ataque de nervos

Atire a primeira barra que nunca devorou um chocolate em tempos difíceis... Tem dias que a gente levanta com o pé esquerdo e, não tem jeito, tudo dá errado. Agora imagine quem precisa dar conta da casa, do trabalho, do marido, dos filhos e ainda está de TPM! Nessas horas, só o bombom salva. É que o doce feito de cacau reúne uma porção de substâncias promotoras de bem-estar, caso da teobromina e da feniletilamina, que estimulam centros de prazer localizados no cérebro. Sim, a coisa toda é comprovada pela ciência.
Pensa que acabou? Não mesmo. A deliciosa fórmula ainda conta com o magnésio, mineral muito bem-vindo no período pré-menstrual, já que favorece o humor. Pra completar, há pitadas de cafeína, substância  estimulante e indispensável para quem vive correndo contra o relógio – o que é meu caso sempre, diga-se.
Mas não vale se acabar na gulodice. Mesmo para um alimento cheio de benefícios, o recado é de comer com equilíbrio. A sugestão dos nutricionistas é de um pedaço de 30 gramas, o que equivale a 1 ou 2 quadradinhos, dependendo da barra. Ah, a boa notícia é que essa quantidade pode ser degustada todo santo dia. Aliás, outra dica preciosa é a de incluir no seu cotidiano o chocolate amargo, isso porque ele está lotado de antioxidantes protetores das artérias. Outro macete bacana é degustar um pouco em jejum, logo cedo, o que faz aumentar a saciedade e propicia a perda de peso, segundo um estudo dinamarquês. Huummm, sem dúvida mais um excelente motivo, não?

Beijim,

Reg

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Estrias: dá pra passar a gestação sem elas?

  Quando recebi o resultado positivo do exame de gravidez fiquei feliz da vida. Mas depois que passou aquela excitação inicial, junto com os pensamentos sobre quais seriam os possíveis nomes da criança e como iria decorar o quartinho dela, veio o receio sobre como ia ficar o meu corpo depois do parto. E é claro que as estrias estavam entre os primeiros itens da minha lista de preocupações, pois sei que elas atingem 90% das grávidas e que é muito difícil apagá-las.

Por isso na primeira consulta do pré-natal fui logo perguntando para a minha ginecologista o que eu precisava fazer para evitar essas linhas tão indesejadas. Até fiquei com um pouco de vergonha de estar pensando na aparência diante de um acontecimento tão maravilhoso como esse, mas ela me disse que isso é uma preocupação de praticamente 100% das pacientes que estão à espera de um bebê e que os cuidados para evitá-las devem mesmo começar no início da gestação.

Um dos pontos primordiais nesse caso é controlar o ganho de peso durante os 9 meses. As estrias aparecem porque a pele é obrigada a se esticar muito e rapidamente com o aumento normal das medidas típico dessa fase e na maioria dos casos as fibras elásticas do tecido – o colágeno e a elastina – não aguentam o tranco e acabam se rompendo, formando as marcas. Por isso, se a pessoa ainda ganha muitos quilos extra, o risco é bem maior. Manter a cútis bem hidratada é outro cuidado importantíssimo. Mas nada de aplicar qualquer produto. Em uma conversa com a dermatologista Karla Assed, do Rio de Janeiro, descobri que a ureia, ingrediente muito usado nesses casos, não é bem-vindo nessa fase. “Prefira fórmulas à base de semente de uva ou óleo de amêndoas doce”, recomenda. “E se a pele estiver coçando fique atenta: pois é sinal de ressecamento e há grandes chances das estrias aparecerem nessa região”, alerta a médica. Outra boa dica que ela me deu é misturar um pouco de óleo, como o de amêndoas doce, ao hidratante para melhorar a eficácia do cosmético.

Mas se as linhas já deram as caras, o jeito é lançar mão de tratamentos que estimulem a formação de colágeno novo na área afetada. A indicação do vai depender do tamanho, da coloração e de onde as estrias estão localizadas. Normalmente são usados cremes com ácido retinóico, DMAE e colágeno e procedimentos como o peeling de cristal, laser fracionado, CO2 e luz intensa pulsada. Mas vamos ser honestas: eles deixam as marcas menos aparentes, mas não as apagam totalmente.

Por todas essas razões, se você está  grávida se cuide, mas nada de ficar encanada com isso. Esse momento é muito especial e mesmo que agora você possa estar se sentindo pesada e cansada, tenha certeza que depois você vai sentir saudade dessa barrigona.

Beijos,

Tatá 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

5 perguntas sobre amamentação

Foto: SXC

Quem responde as dúvidas das leitoras é a enfermeira neonatologista Natalia Turano, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

1. Afinal, quais as principais vantagens da amamentação para a mãe e para o bebê?
Amamentar garante muito mais do que um alimento completo, com todos os nutrientes que o filhote precisa na medida certa, inclusive água. O leite materno contém anticorpos contra doenças e por isso previne diarreias, alergias e muitos outros males que o organismo do pequeno ainda não está preparado para combater. Ao mamar no peito, o bebê também desenvolve corretamente a arcada dentária e fortalece a musculatura orofacial. A mamãe, por sua vez, queima preciosas calorias – o que facilita a perda de peso. A amamentação também ajuda a diminuir o tamanho do útero, reduzindo o risco de sangramentos. Há estudos que relacionam o aleitamento materno com queda na chance de alguns tumores, como o de mama. Tudo isso sem falar no benefício mais evidente: o momento precioso de intensa troca de carinho e a oportunidade única de fazer um vínculo profundo com seu bebê!

2. Como saber a duração adequada de cada mamada?
Não existe uma fórmula. Mãe e filho devem ir experimentando e se conhecendo, principalmente nas primeiras semanas. A mamada pode durar algo entre cinco e quarenta minutos, mas cada bebê é um bebê. À medida que eles crescem, esse tempo também diminui. Alguns sinais mostram que o pequeno está bem alimentado: se faz um bom intervalo entre as mamadas, se está fazendo xixi e cocô, se solta a mama sozinho.

3. E qual deve ser o intervalo entre as mamadas?
Hoje não se estabelece mais um horário rígido, segue-se a chamada livre demanda. Ou seja: quem determina o ritmo é o pequeno. E deve-se respeitar sua vontade. Geralmente as mamadas acontecem a cada duas ou três horas, no máximo quatro. Também não é mandatório oferecer os dois peitos se ele não quiser. Se ele estiver com fome, ele irá pegar o segundo. Mas sempre comece oferecendo o peito que ele mamou por último – ou aquele que ele não quis, se for o caso.

4. Como prevenir problemas como fissuras nas mamas?
Atualmente não se recomenda nenhum tipo de preparo do mamilo durante a gravidez. Problemas como rachaduras estão muito mais relacionados à pega incorreta do bebê durante a mamada. Então é fundamental uma boa orientação sobre o posicionamento correto ao sugar. O bebê deve abocanhar toda a aréola, e não só o mamilo, e os lábios dele devem ficar bem virados para fora. Mas converse com seu médico para que ele avalie seu caso.

5. Como fazer um desmame sem traumas?
Novamente...aqui não há regras! É claro que existe a recomendação de amamentar exclusivamente no peito até os seis meses, e depois até lá pelos dois anos. Mas hoje em dia, com a volta da mãe ao trabalho e inúmeras outras variáveis, isso nem sempre é possível. Não se culpe se você não conseguir seguir a cartilha à risca, pelo motivo que for. "Acho que a mulher deve amamentar enquanto ela julgar importante para ela e para seu filho, enquanto ela se sentir à vontade", diz Natália. Quando chegar a hora, é importante fazer o desmame de forma gradual. Tem criança que aceita a mamadeira rapidamente, outras preferem ir diretamente para o copo. Mas tudo depende da mãe e do bebê. É ela que tem que estar decidida.