quinta-feira, 1 de agosto de 2013

As dores e as delícias de amamentar



         Lá se vão oito anos, mas lembro bem da primeira vez que o Victor – meu mais velho – mamou no peito. Ele se aninhou no seio esquerdo e pegou certo, assim, logo de cara. Tempos depois, assistindo uma palestra do pediatra Fernando Nóbrega, em um congresso, soube que estrear as mamadas do mesmo lado do coração favorece a tranquilidade e a segurança. Isso por causa do barulho dos batimentos cardíacos que soam familiares aos ouvidos do filhote, afinal ele ficou nove meses ao som do tum tum tum, né?


         Outra cena inesquecível foi quando a enfermeira veio ensinar a “amolecer” o peito empedrado. Ai, só de relembrar já dói! A tentativa de “desmanchar” os carocinhos doloridos foi um verdadeiro pesadelo. Minha sorte é que apareceu outra expert bem mais carinhosa depois. E com muita delicadeza foi desfazendo todos os calombos, com as pontas dos dedos, em espiral, de fora para dentro até o bico. Aliás, essa técnica foi útil por vários dias. Santa enfermeira! É que o Vi tinha preferência por um dos peitos e acabava mamando só ali. Resultado: o outro ficava lotado de leite, duro e pingando. Mas, ao longo do mês, nós dois aprendemos a alternar os seios e esse desconforto todo se foi. Ok, é natural achar um posição mais aconchegante, confortável e tal, mas vale tentar equilibrar e oferecer ambos os peitos.


         Também me considero uma grande sortuda por não ter tido rachaduras no bicos – um problemão bem comum por aí. Aliás, cabe salientar, que a obstetra que acompanhou meu pré-natal, a dra. Lúcia Hime, merece muitos louros, afinal, durante a gestação ela ensinou a esfregar uma bucha nos mamilos durante o banho para que eles ficassem mais resistentes. Converse com seu médico e peça orientação sobre o momento adequado para começar a fazer esse exercício, porque dá resultado, viu?


         E assim, em meio a uma porção de cabeçadas, consegui amamentar o Vi durante 10 meses. O Tiago – meu mais novo – mamou bem menos, foi apenas um semestre. Um estresse forte interferiu com minha produção de leite e assim descobri que nem sempre o aleitamento acontece do jeitinho que a gente sonha. Fazer o quê...
        Beijim e boa sorte!

        Reg

Um comentário:

  1. Reg, no meu caso, eu lembro de uma visita muito amiga que me ensinou direitinho a "desmanchar” os carocinhos doloridos... Afinal, quando eu leite desceu mesmo, eu praticamente estava tendo alta do hospital. Agradeci a ela por muitos e muitos dias depois. Sabe quem foi, ne? Sim, sim, você mesma! Mamãe e Pietra (a faminta) a agradecem! ;-)

    Beijos, Fe

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