quarta-feira, 31 de julho de 2013

Você venderia um filho por U$ 100 milhões?

Essa provocativa pergunta foi tema de um post que está dando o que falar nos Estados Unidos. Claro que não, gritaria qualquer pai ou mãe em sã consciência, reconhece o autor americano. Nem por todo o ouro do planeta.

Mas é aí que essa questão aparentemente boba aponta para outra, continua o autor: afinal, se um filho vale muito mais do que tudo o que o dinheiro pode comprar, por que muitas vezes não cuidamos dele como cuidaríamos desse montante todo na nossa conta-corrente? Como diz o autor, se essa grana pingasse lá hoje, você certamente passaria um bom tempo pensando em como cuidar melhor dela, preocupando-se em como fazê-la crescer e em como ela poderia te ajudar a viver melhor...

Pessoalmente, acho que o tema filhos e dinheiro jamais deve se comparar ou misturar. Nem mesmo quando se trata de fazer contas da mensalidade da escola ou do seguro-saúde (obviamente que dentro das possibilidades de cada família). Um deve se limitar a resolver as nossas necessidades básicas e só (tá, com direito a alguns supérfluos porque ninguém é de ferro...). Mas é o outro que nos humaniza, que gera e devolve valores inegociáveis. De acordo com a planilha do Excel, filho custa caro, sim. Mas minha relação com eles não passa por gastos e planilhas (e nem vou entrar aqui no mérito das coisas que o dinheiro permite  - educação, viagens,  blá blá blá - para fazer nossos filhos "melhores". As tais “melhorias” não vêm de brinde. Mas isso é tema para outro post...).

Só que vivemos em tempos de valores tão invertidos que acho a pergunta de U$ 100 milhões até pode ajudar algumas pessoas a colocar as coisas na perspectiva certa. Não à toa o tal post instigou tanta gente.

E você, já parou para pensar em como lida com sua maior riqueza - seu filho? Em como "investe suas ações"? Em como avalia se elas subiram ou desceram – para traçar novas estratégias e aumentar seu valor? Se está fazendo a fortuna crescer e se desenvolver para gerar frutos, ou se imperceptivelmente ela está se deteriorando de alguma forma?

Beijos!

Gabi

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Como lidar com a manha para entrar na escola



  Uma grande amiga nossa, a Fernanda, colocou um desabafo no Facebook, pois todas as vezes que ela vai deixar a Pietra, a filha dela que vai fazer dois anos em agosto, na classe, a pequena chora muito, a ponto de vomitar algumas vezes e repete a frase: "Escola chata, Pi chora". Como não poderia deixar de ser, a Fernanda está pra lá de preocupada com essa situação. E é claro que ela não é a única. Muitas mães passam por isso e também ficam perdidas. Por isso resolvi conversar com a Natally, a professora da Isabela, e pegar algumas dicas de como lidar com essa situação. 

Segundo ela, o processo deve começar antes mesmo de chegar na escola. A mãe deve explicar o que vai acontecer após deixar a criança sozinha. Por exemplo: a mamãe vai trabalhar e você vai ficar com a professora brincando, depois vai comer o lanche, etc. e depois a mamãe vai voltar para te buscar.

Quando chegarem ao local, a mãe deve apenas dizer tchau, dar um beijo no filho e ir embora. Nada de sumir sem se despedir com medo do pequeno chorar ainda mais, o que o deixa perdido e inseguro, e nem demonstrar que você também não está à vontade com a situação, dizendo mil vezes que está indo e permanecer lá, ou mudando a voz ou a expressão facial. É primordial que a mãe passe segurança para a criança e tente não se abalar com a birra. Ficar de olho na maneira como ela está na hora da saída também é importante, pois é um reflexo de como as coisas andaram durante o período de aula. 

Mas se o choro permanecer por muitos dias e você está se sentindo incomodada demais a ponto de não conseguir se manter alheia à cena, é hora de marcar uma reunião com a direção da escola e com a professora, para que elas a orientem e contem como a criança se comporta durante o resto do dia. A Naty me garantiu que muitas crianças que choraram por semanas ou até mesmo meses a fio na adaptação hoje entram na classe felizes da vida e adoram participar da rotina escolar. 

Beijos,

Tatá

segunda-feira, 22 de julho de 2013

O bebê real e as histórias malucas que rondam os nascimentos

O filho de Kate e do príncipe William acaba de chegar e toda a festa em torno desse nascimento nos fez lembrar algumas histórias malucas que sempre vêm à tona assim que nasce uma criança. Será que a Duquesa de Cambridge também ouvirá relatos sobre os costumes que rondaram os bercinhos britânicos nos séculos passados?

Aliás, Kate já deve estar feliz da vida por não ter tido que passar as últimas semanas trancafiada em um quarto escuro para dar à luz um menino. Pois é, as rainhas de centenas de anos atrás eram obrigadas a ficar às escuras no final da gestação porque se acreditava que isso poderia definir o sexo do rebento. 

Os partos da realeza também contavam com testemunhas oficiais – dezenas de pessoas em alguns casos – assim se evitava a troca de bebês. Agora imagine passar por dores e desconfortos com um bando de desconhecidos?

Aqui no Brasil, conta-se que antigamente a mulher ficava 40 dias sem lavar os cabelos após a chegada do baby. Havia o medo de que a água desencadeasse fortes crises de dor de cabeça. Tinha gente que se entupia de canja de galinha e até reservava um espaço em casa para criar aves. E a tal da cerveja preta que, acreditava-se, faria o leite jorrar? Sem contar os baldes de canjica que a mãe devorava para ficar forte.

No tempo antigo, os bebezinhos eram totalmente enfaixados, seguindo uma moda com um quê de múmia. E uma mania perigosa era a de botar moedas no umbigo para evitar que ele saltasse – há quem diga, inclusive, que a falta de higiene do dinheiro colocado nas barriguinhas serviu de estopim para muitos casos de tétano.

Embora muita maluquice ainda role por aí, as princesas e as plebeias de hoje podem respirar aliviadas por estarem livres de situações tão bizarras. Ufa!

Beijos,

Gabi, Reg e Tatá

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Tá com olheiras? Corretivo nelas!

Quando eu estava grávida, todo mundo me dizia que eu deveria aproveitar aquela fase para dormir, pois depois que a Isabela nascesse eu nunca mais iria conseguir repousar como antes. E eles estavam certos. Apesar de ela desde cedo emendar várias horas sob os lençóis, eu desperto diante de qualquer barulhinho que ela faça e, às vezes, acordo preocupada porque ela está quieta de mais. Vai entender a cabeça de uma mãe... E o resultado disso são muitas noites mal dormidas e, como não poderia deixar de ser, invariavelmente acordo com olheiras. 
Por essa razão, o corretivo tem sido meu grande aliado para afastar o aspecto cansado do rosto. E acredito que isso aconteça com a maioria das mães. Mas vamos combinar que usar esse produto não é tão fácil quanto parece. 

Se a gente escolhe uma cor muito clara, ficamos com cara de urso panda ao contrário. Dependendo da consistência ele evidencia as linhas de expressão. E por aí vai. Para que esse cosmético trabalhe apenas a seu favor, pedi umas dicas para o supermaquiador Marcos Costa que participa dos principais editorias e eventos de moda do Brasil, o São Paulo Fashion Week, por exemplo, e é o maquiador oficial da Natura.

  •  Escolha um corretivo que tenha um tom igual ou bem próximo ao da sua pele. Jamais use um que seja mais claro. Os coloridos também não são uma boa opção, pois acabam tendo um fundo esbranquiçado e não oferecem um resultado muito bom.
  •  Antes de aplicar o corretivo, passe uma base sobre todo o rosto. Esse produto já suaviza as olheiras e, em seguida, só se for preciso use o corretivo. Quando o assunto é pele, quanto menos produto, melhor. Mas essa dica só é válida se você não for usar uma base em pó.
  •  Na hora da compra, repare que existem alguns corretivos com mais pigmento, para quem tem mais olheira, e outros mais transparentes. O mais indicado é aquele que proporciona um bom resultado no seu caso, deixando o rosto o mais natural possível.
  •  Lançar mão de um produto que dá aquele aspecto bronzeado à pele também é uma boa opção nesse caso. É só se lembrar que muitas vezes as olheiras ficam mais suaves quando tomamos sol. 
  •  Aplique o cosmético dando leves batidinhas na pele, como se estivesse fazendo uma rápida drenagem. Isso deixa o efeito mais natural. E quanto mais fino e leve ele for, menos evidenciará as linhas de expressão.
  •  Finalize o processo com pó compacto se você tiver pele mista ou oleosa.
  • E nunca exagere na quantidade de produto. O ideal é ir aplicando aos poucos e, se tiver necessidade, colocar mais. Lembre-se: é melhor assumir a olheira do que colocar um litro de corretivo sobre ela.

Beijos!

Tatá 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Dicas de segurança nas férias

Foto: stock.xchng
Com a criançada de férias, fizemos um apanhadão das dicas de segurança da Academia Americana de Pediatria. Algumas parecem óbvias, mas acredite: muitas tragédias poderiam ser evitadas se os adultos sempre seguissem inclusive as dicas mais óbvias. Aliás, a gente já falou de segurança em parquinhos, em outro post da Tatá. 




Em geral:

  • Lave as mãos com frequência para evitar micro-organismos causadores de doenças
  • Consulte o pediatra antes de viajar se a criança tem algum problema respiratório ou do coração, ou se for viajar de avião num período de duas semanas após uma infecção de ouvido
  • Dependendo do local visitado, verifique a necessidade de vacinas especiais, como a da febre amarela
  • Em viagens internacionais, para evitar o jet lag, ajuste os horários do sono do seu filho dois ou três dias antes de partir.
  • No carro, nunca ande sem a cadeirinha adequada, mesmo em veículos alugados. A enorme maioria das locadoras oferece essa opção.
  • Nunca deixe uma criança sozinha no carro, nem por alguns minutos. As temperaturas podem atingir níveis fatais em pouco tempo. Isso sem contar a possibilidade de a criança soltar o freio de mão, por exemplo, e causar uma acidente.

Em locais muito frios:

  • Certifique-se que bebês e crianças estejam bem agasalhados se forem brincar ao ar livre. Várias capas de roupas leves ajudam a mantê-los secos e aquecidos. Como regra geral, eles devem vestir uma roupa a mais do que os adultos usariam na mesma situação.
  • Lembre-se: edredons, almofadas, protetores de berço ou roupas soltas podem sufocar bebês. Não deixe tais itens onde a criança dorme. O rosto do pequeno deve estar sempre bem livre de cobertas.
  • Uma criança pode sofrer de hipotermia - quando a temperatura do corpo fica abaixo do normal -  se estiver ao ar livre sem proteção adequada ou se ele se molhar. Se isso acontecer, tire imediatamente o item molhado, leve o pequeno para dentro de casa e envolva-o em cobertas.
  • Não deixe as crianças brincarem ao ar livre por muito tempo se estiver muito frio
No calor
  • Para evitar queimaduras de sol em bebês com menos de seis meses, coloque roupinhas leves que cubram a pele e chapéu
  • As crianças devem ficar na sombra - principalmente entre 10 da manha e 4 da tarde. As mais velhas devem usar filtros solares com proteção tanto para raios UVA como UVB. E o produto deve ser reaplicado a cada duas horas, ou após entrar na água.
  • Se estiver muito quente e/ou a umidade do ar estiver muito baixa, a intensidade das atividades que duram mais de 15 minutos deve ser reduzida.
  • Após atividade física, não se esqueça de oferecer muito líquido

Na piscina
  • Jamais, em hipótese nenhuma, deixe crianças sozinhas em piscinas ou mesmo em banheiras. Uma criança precisa de pouquíssimos segundos para se afogar
  • Instale cercas de proteção (que não possam ser escaladas) ao redor da piscina, e portões com trava
  • Boias de braço infláveis não substituem coletes salva-vidas e podem dar a falsa sensação de segurança
  • Crianças entre um e quatro anos podem ter um risco reduzido de afogamento se tiverem alguma instrução em natação. Mas isso não é garantia de segurança. Não descuide. Naquelas menores de um ano, não há evidências de que as aulas evitem tragédias
  • Se uma criança desaparecer, procure primeiramente na área da piscina
  • (uma dica por nossa conta: há uma quantidade absurda de acidentes fatais envolvendo cabelos de meninas presos em ralos de piscinas. Certifique-se que o ralo não está sugando, ou ensine sua filha a prender o cabelo antes de nadar e evitar mergulhar naquela área)

Em barcos

Vale reforçar: crianças devem sempre usar coletes salva-vidas, e do tamanho adequado


Em praias, rios ou lagos

  • Crianças precisam ser supervisionadas por algum adulto sempre que estiverem dentro ou próximo da água. As menores devem estar ao alcance de um braço.
  • Certifique-se que o pequeno não vai mergulhar sem que um adulto tenha checado a profundidade do local e possíveis obstáculos sob a água
  • Nunca deixe a criança mergulhar em canais ou em locais com correnteza

E não custa lembrar: capacetes podem salvar vidas em acidentes de bicicleta, a cavalo, de patins e até de esqui. Não deixe as crianças fazerem essas atividades sem a devida proteção.

Beijos e ótima diversão!

Reg, Tatá e Gabi

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Coisas sobre Buenos Aires em família que ninguém te contou

O famoso "Caminito"
Quem me conhece sabe que sou mezzo brasileira mezzo argentina. Mas embora eu conheça bem o país, nunca tinha ido a Buenos Aires com as crianças. Então, por estas eu não esperava:

1. Táxis não levam mais do que 4 pessoas (além do taxista), e não adianta insistir. É uma questão do seguro, que só cobre os passageiros que tiverem cinto de segurança. Se estiver num grupo maior e não quiser andar por aí sempre em dois carros, use o metrô. Ele está sujo e descuidado, mas funciona direitinho.

2. As porções nos restaurantes costumam ser enormes. Cheguei a ver no mesmo pedido dois super bifões que criança nenhuma conseguiria devorar. Vale a pena dividir pratos entre os pequenos. (E não, você não vai achar estabelecimentos por quilo. Se alguém conhecer um, aceito a dica!). Outra coisa: costuma-se servir muito pãozinho de entrada. Cuidado para a meninada não detonar a cestinha e perder a fome.

3. A base da alimentação dos argentinos é feita de carne e massas. Pode ser cansativo oferecer só bife com fritas ou macarrão para a turminha. Se puder, entre num super e aproveite para saborear as frutas de lá e variar o cardápio. 

4. Não espere muitas filas prioritárias para mães com crianças de colo. Essa moda ainda não pegou por lá.

5. Há muitíssimos golpes para pegar turistas. Fique de olho no restaurante (aquele casal que sentou ao lado e logo levantou pode ter levado sua bolsa junto), no táxi e no comércio (você entrega uma nota de valor alto e ele devolve outra dizendo que a sua é falsa). Prefira pagar com notas menores.

6. Banheiro infalível para emergências infantis na rua: o do McDonald`s. É razoavelmente limpo e sempre tem um por perto.

Apesar da crise que assola o país, Buenos Aires continua linda, a vida cultural e gastronômica de lá é mesmo fantástica e flanar pela ruas da cidade, especialmente pelo bairro da Recoleta, para depois escolher um café e ver a vida passar ainda é um programão. Mas vamos combinar: quem curte fazer esse tipo de passeio de verdade são os adultos. Para não passar perrengue e aproveitar a viagem, leve em conta que a criançada vai curtir mais se:

- eles estiverem acostumados a caminhar. A cidade é maravilhosa para descobri-la a pé

- você quiser falar um pouco de cultura e de história – e eles estiverem a fim de ouvir (e tiverem idade suficiente para entender). Para os pequenos, pode ser um tédio tremendo olhar ruas, casarões e museus sem saber por que isso é bacana.  

- der para casar programas de adultos e crianças para aliviar a barra dos mais novos: ao ir ao badalado bairro de Palermo, dê uma passada no zoo que fica logo ali. Tem áreas meio caidinhas, mas é sempre um sucesso entre a garotada. Além do mais, tem animais que eu nunca vi no Brasil, como a lhama, a alpaca, um urso que vive nos Andes e muitos cervos. Ao visitar o Caminito, no bairro boêmio da Boca, aproveite para levar a turma para conhecer o estádio e o museu do Boca Juniors, que pode ser um programão para meninos (e meninas, por que não?). E no Puerto Madero, o cais revitalizado que agora concentra restaurantes chiques, bares, lojas e um museu num charmoso calçadão junto ao rio da Prata, não deixe de entrar na Fragata Sarmiento, navio-escola do século XIX que está ancorado ali aberto à visitação (é bem baratinho). As crianças vão amar conhecer o barco por dentro em todos os detalhes.

- o objetivo não for fazer compras. É sempre programa de índio para (e com!) os pequenos. Além disso, foi-se o tempo das pechinchas na capital portenha. 

Boa viagem!

Gabi

quarta-feira, 10 de julho de 2013

"Fono, plá quê?"

Quem não se derrete ao ouvir os pequenos aprendendo a falar? Nossa Lelê foi por muito tempo "Ieiê", "Dedê" e até "Tetê" (as tentativas do caçula rebatizaram a irmã...). É tanta fofurice que a gente nem faz questão que eles falem direito. Mas isso pode ser um tremendo vacilo. À medida que a criança cresce, ela vai adquirindo novos sons e produzindo a fala de forma mais correta. Daí que o “fofurês” pode se tornar um problemão se não virar português bem claro na hora certa.

Aqui em casa o raio caiu três vezes no mesmo lugar. Meus três filhos chegaram aos cinco anos com a famosa língua presa (aquela do Lula, sabe?). Eu mesma observei que a pronúncia deles estava meio fora do lugar e fui procurar ajuda. A boa notícia? Se detectados precocemente, casos simples se resolvem com poucos meses de fonoterapia. Mas é claro que tudo depende da causa e de como a criança evolui.

Então pedi para as ótimas Daniele Bernardes e Paula Canton, fonoaudiólogas especialistas em motricidade orofacial de São Paulo, dicas do que observar na criança para não comer bola. “Fique atento ao desenvolvimento da fala de seu filho e saiba que a sua fala é o modelo para a criança e, por isso, tem que ser correta, usando os sons adequados das palavras”, lembram elas.

A seguir, veja como deve ser a evolução da fala a partir dos dois anos:

Entre um ano e meio e dois é normal a criança chamar vovó de “fofó” ou chamar a galinha de “gaía”. Mas até os 3 anos de idade ela deve produzir corretamente os sons v, l e nh. Nessa fase, ela já é capaz de formar frases usando as palavras aprendidas. Aqui ela também deve falar corretamente os sons de p, b, t, d, k, g, f, v, j, m e n. Portanto, depois do terceiro aniversário, “gaía pitadía” deve virar “galinha pintadinha”. Aliás, foi só aí que nosso caçula finalmente acertou o “Lelê”...

Aos quatro anos a criança adquire outros sons: s como na palavra sopa, z como em azul, ch como em chave, j como em jaula, {s} como em pasta e os vários sons do r - {R} como em porta, R como em carro, r como em coração. Nessa fase, falar “colação” não é mais aceitável, assim como “sapéu” em vez de chapéu ou “cato” no lugar de gato.

Por fim, dos quatro aos cinco anos, a criança adquire os grupos consonantais com r e l como: prato, três, frio, placa, blusa e flor.

Assim, entre cinco e seis anos seu filho terá uma fala adequada e estará pronto para iniciar a alfabetização.

Fique de ouvidos atentos e se notar alterações procure uma avaliação profissional!

Beijos,

Gabi

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Ovo, o injustiçado


Quando o Victor era pequeno, lembro que demorei a incluir o ovo no cardápio do moleque. Um tremendo vacilo. Confesso que carregava um caminhão de preconceito em relação ao alimento. O medo da alergia era o primeiro item da lista. Hoje sei que a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda oferecer tanto a gema quanto a clara nas refeições ainda no primeiro ano de vida. Claro que se houver algum histórico alérgico na família é fundamental pedir o aval do médico antes de dar para o bebê.


A nutricionista Priscila Maximino, da Nutrociência Assessoria em Nutrologia, é fã do ovo pela praticidade e, principalmente, pelo valor nutricional e o indica já no sétimo mês de vida. Ele é uma excelente fonte de proteína, oferece uma vitamina chamada colina, que trabalha em prol do cérebro e, pra completar, contém duas preciosidades: a luteína e a zeaxantina, substâncias que zelam pela visão.


E qual é o melhor: o branco ou o marrom? Outro dia a Tatá veio com essa dúvida e lembrei de um papo que tive com um professor Pedro Alves de Souza, da Unesp. Segundo o expert, não há distinção em relação à quantidade de nutrientes. O que pode diferenciar um do outro é a cor da gema que no caso do caipira é um pouco mais amarela. Essa coloração forte se deve à alimentação da galinha. É que as aves criadas ao ar livre ciscam nos terreiros e comem vegetais cheios de pigmentos, caso dos carotenoides. Já aquelas que vivem em granjas são tratadas com ração. Quanto à casca, geneticamente as caipiras têm mais chances de botar ovos em tons de marrom. Porém existem aves de cativeiro com a mesma característica.

Confira alguns truques bacanas na cozinha:

- Para fazer ovos mexidos, use panelas com forro anti-aderente, que ajudam a evitar o excesso de óleo. Basta apenas um discreto fio ou, se preferir, nenhuma gota sequer.

- Se a ideia é preparar o ovo poché, uma sugestão valiosa é colocá-lo na água quente, porém antes da fervura. Uma pitada de sal ou algumas gotas de vinagre também colaboram para que ele fique mais uniforme.

- Ovos cozidos com a casca são bem saudáveis, mas para evitar encrencas, ou melhor, uma bactéria chamada Salmonella, o ideal é deixar ferver por até 5 minutos.

Escolha o que mais lhe agrada e bom apetite!

            Beijim.

            Reg
 


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Brincadeira segura

 O meu prédio não oferece muitas opções de lazer para as crianças, mas tem um playground que faz a alegria da Isabela. E, assim como ela, várias crianças se divertem nesses brinquedos, especialmente durante as férias. Muitas vezes quando vejo essas cenas, acabo me lembrando de uma entrevista que fiz com a Maria de Jesus Castro S. Harada, que é professora da Escola de Enfermagem do Departamento de Pediatra da Universidade Federal de São Paulo e é especialista nesse assunto. Ela me contou que eles são ótimos para o desenvolvimento dos pequenos e para a sua socialização, mas que os acidentes são muito frequentes.


Mas muita calma nessa hora! Isso não é razão para ninguém proibir os filhos de frequentarem esses espaços. Alguns cuidados simples ajudam a fazer com que esses momentos só deixem boas lembranças. O primeiro passo é não permitir que o pequeno brinque descalço, de chinelo ou com roupas que tenham fios pendurados, como as blusas com capuz. O tanque de areia deve ficar em um local ensolarado e, se possível, tampado durante a noite. No caso do escorregador, verifique se ele não está quente demais, se tem corrimão e se há espaço suficiente no topo do brinquedo para que ele possa sentar-se com facilidade. Se ele for de metal ou de fibra, precisa ter uma leve inclinação no final para diminuir a velocidade da descida e, se for de madeira, deve ser feito com uma peça só para evitar que farpas entrem na perna da criança ou que a roupa enganche na união das chapas. A balança, por sua vez, deve ser na forma de uma cadeira, com uma barra de segurança na frente e outra nas costas. Mas é bom que fique claro que nenhum desses cuidados exclui a necessidade da supervisão de um adulto. 

Beijos,

Tatá