quarta-feira, 29 de maio de 2013

É brincando que se aprende...

No começo eles se esticam prá pegar algum brinquedo no berço, lambem as mãozinhas, chupam mordedores. Depois se arrastam atrás de um boneco no chão ou se concentram sobre uma migalhinha de pão...Mais tarde puxam brinquedos, chutam bola, se enrolam numa toalha e voam pelos sofás...

Eles estão brincando, é verdade. Mas também estão...

...investigando e conhecendo o mundo
...aprendendo sobre as coisas e sobre as pessoas
...aprendendo a lidar com sentimentos
...elaborando situações difíceis
...desenvolvendo a imaginação e a criatividade
...usando suas habilidades para entender a realidade
...se identificando com papeis (ao imitar tarefas dos adultos, por exemplo)
...desenvolvendo a cognição, já que os estímulos favorecem conexões no cérebro
...enfim, fazendo seu grande ensaio prá vida adulta

Quanto mais a criança usar todos os sentidos para explorar o mundo, mais ela se enriquece. E quanto mais ela cresce e se desenvolve, mais tira proveito das brincadeiras - o que a ajuda....a se desenvolver mais ainda!

Aproveite o feriado prá curtir aqueles momentos deliciosos que passam batido na correria da semana...sentar no chão e brincar de massinha, montar um quebra-cabeça, desenhar, organizar o chá de bonecas ou a cidade dos carrinhos..e também rolar na grama, se esbaldar no tanque de areia ou dar uma volta de bike com as crias. E à noite, que tal fazer aquele acampamento na sala que eles estão pedindo há tempo?

Só não vale fazer desses momentos um aprendizado formal! A brincadeira não tem que ter um
objetivo, ela é um fim em si mesma, lembra a psicanalista Vera Ferrari, presidente do
departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo e diretora do serviço
de psiquiatria e psicologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da USP.


Beijos e ótimo feriado recheado de brincadeiras! 

Gabi

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Para não enlouquecer no restaurante

Quem nunca passou por perrengues ao sair para comer com crianças pequenas? Já suei frio muitas vezes, mas vivi uma situação que até hoje considero imbatível. Há dois anos, estávamos em um restaurante e meu filho mais novo, o Tiago, simplesmente mordeu uma taça! O danado chegou a cortar a boca, o que tirou o apetite de todos, mas, para nosso alívio, o caco de vidro foi encontrado, ou seja, nada foi engolido, ufa!

         A partir desse dia sempre que ele quer beber algo nós pedimos um copo bem reforçado. Foi a primeira lição.

         Apesar dos sufocos, sei o quanto vale a pena levar os moleques para fazer refeições fora de casa. Além de ser mais uma ocasião para reunir a família em torno da mesa, o restaurante ajuda na aceitação de ingredientes diferenciados. Os cogumelos são adorados pelos meus filhos graças aos estabelecimentos japoneses. Especialistas contam que certas crianças aceitam melhor alimentos quando estão em ambientes novos. Eis a chance para mostrar uma verdura que tem sido rejeitada na sua cozinha.

         Se você faz parte da turma que anda com medo de sair, talvez as próximas dicas possam ser úteis.

         Para não correr riscos de mordidas em taças e afins, preste atenção aos utensílios. Canudos são bem-vindos. Muitas vezes, o copinho com bico, levado de casa, é a melhor opção para evitar encrencas. Isso, claro, para os mais novinhos. Talheres de sobremesa costumam ser perfeitos para bocas minúsculas.

         Também é fundamental checar antes se o local possui cadeirão, assim o pequeno poderá interagir e observar os bons exemplos.

         Um macete que dá um chega-pra-lá nas manhas e choradeiras é adequar a saída aos horários da criança. Que tal uma sonequinha antes? Lembre-se: sono e cansaço acabam com o bom humor dos menores e, óbvio, dos maiores.

         Veja ainda se o restaurante é realmente apropriado para a criançada. Certifique-se de que o ambiente oferece segurança caso eles queiram andar ou dar aquelas corridinhas. Sem contar que alguns casais não desejam passar o jantar em meio a um clima, digamos, infantil. Uma pitada de bom senso cai bem.

Beijim.

Reg


         

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Querida, engordei as crianças! (10 pecadinhos que todo mundo comete, mas que não podem virar hábito)

Nunca antes na história deste País se viu tanta criança rechonchuda. Os números da obesidade infantil são alarmantes, mas não precisa ser médico pra se assustar: basta prestar atenção nos parques, piscinas, praias. Barriguinhas escapando da camiseta, pernas e bracinhos roliços, dobrinhas em excesso... Há algo de peso no ar. E a gente fica se perguntando de onde vêm tantas gordurinhas, já que o que não falta no mundo de hoje é informação sobre alimentação saudável.  

Para nós, é claro que criança tem direito a indulgências, sim. A comer brigadeiro em festa. A tomar refri vez ou outra. A se deliciar com sorvete. Enfim, a ter vida de criança. A infância não é o momento de ficar escravo das calorias, de pensar em dieta e de radicalizar cortando itens do cardápio. O X da questão é o excesso, ou seja, quando essas indulgências viram hábitos – e hábitos quase diários...Aí a soma desses pecadinhos se instala nas dobrinhas.

Veja 10 hábitos que pesam na balança dia após dia:

1. O reino do macarrão. Tudo bem, a gente sabe que criança adora e também precisa das massas para garantir a dose de energia. Mas sem exageros, por favor! As calorias não podem vir só daí. O excesso de carboidratos vira depósito de gordura. A dieta deve ser equilibrada, em proporções adequadas. Ao longo do dia, as massas e afins devem representar só metade das calorias (cerca de 50% a 55%). O restante deve vir das proteínas (10% a 15%) e da gordura, com 25% a 30%. (sim, ela também tem sua função no organismo. Não dá prá simplesmente eliminar da dieta). Por isso nada de exagerar na dose desse nutriente à mesa. Macarrão, arroz, purê de batata e maionese, tudo ao mesmo tempo agora não dá.

2. Excesso de lanches trash, o que inclui salgadinhos industrializados, bolinhos prontos, bolachas recheadas etc. Vez ou outra tudo bem. Mas não prá ficar de consciência tranquila só porque caprichou no almoço e no jantar e rechear a lancheira de tranqueiras todo santo dia. É gordura que não acaba, ou melhor, que acaba nas dobrinhas.

3. Excesso de suquinhos prontos. A maioria das marcas está lotada de açúcar, sabia dessa? Para piorar, grande parte tem muito sódio. Se for utilizá-los, prefira as marcas sem açúcar. Se der, tente priorizar o suco natural. Ele estraga com a exposição à luz, mas isso pode ser contornado com uma garrafinha daquelas opacas, de metal

4. Tranqueiras ao alcance das mãozinhas. Como anda sua despensa? As bolachas recheadas, salgadinhos e afins estão à disposição? A criança vive petiscando essas guloseimas? A gente não percebe, mas de beliscada em beliscada a gordura se instala. Do ponto de vista nutricional, as guloseimas geralmente têm excesso de gorduras e calorias e deficiência de vitaminas e minerais. Para piorar, elas estimulam a comer por impulso, o que favorece um hábito prá lá de ruim

5. Doces como sobremesa dia sim, dia também. Prefira frutas ou gelatina.

6. Adoçar sucos e achocolatados. Dá-lhe calorias desnecessárias. Sem falar que isso acostuma o paladar a exigir cada vez mais doçuras

7. Liberar geral (mesmo) no fim de semana. Tudo bem fazer a festa nos fast foods da vida ou na pizzaria. Mas não tudo ao mesmo tempo e sempre, por favor. Enfiar a perna inteira na jaca acaba com todo o esforço de uma alimentação saudável durante a semana.

8. Para os mais novinhos, dar leite e leite e mais leite sem muita rotina mesmo quando o bebê já almoça e janta papinhas. Trocar a refeição pelo leite também leva à carência de nutrientes

9. Engrossar a mamadeira com coisas como maisena e farinha láctea. A menos que o pediatra tenha dado essa orientação.

10. Apresentar muito cedo guloseimas como bolachas recheadas ao bebê. Não existe uma idade ideal para a criança começar a comer bolinhos, bolachas e beber refrigerantes. Mas pelo menos espere a idade escolar, quando surgirem as primeiras festinhas de aniversário! 


* Com a ajuda da nutricionista Claudia Mendonça, da Clínica Bodyhealth, de São Paulo

beijos e bom apetite!

Reg, Tatá e Gabi

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Senta que lá vem a história

Eu adoro ler. E tenho percebido que esse hábito, que eu considero muito importante para ajudar na escrita e para estimular a imaginação, está entrando em extinção, principalmente entre as crianças. Por isso sempre tive a preocupação de estimular esse gosto na Isabela, mesmo quando ela era bem pequena. Mas eu sempre ficava na dúvida pensando se deveria ler a história para ela, se poderia deixar ela manusear o objeto sozinha, se deveria permitir que ela inventasse uma nova baseada nas ilustrações... Além disso, tinha dificuldade para escolher a publicação, pois aquelas específicas para a idade dela me pareciam meio bobinhas. 

Na época, resolvi conversar com uma amiga que é educadora. Ela me explicou que não é tão importante se ater à faixa etária para a qual o livro é indicado. Muitas vezes aquele que é feito para uma criança de 3 anos tem um enredo mais interessante e figuras mais atraentes do que os escritos para a turminha com menos de 2. E eles podem ser lidos sem problemas pelos menores. Mas é importante que os pais chequem o conteúdo antes de entregá-lo para o pequeno.
 
          Outra dica preciosa que ela me deu é que não podemos forçar a relação entre a criança e o livro ou exigir que ela se comporte de acordo com as nossas expectativas, ouvindo a história inteirinha em vez de olhar as figuras e usar a imaginação, por exemplo, para fazer com que ela tenha vontade de repetir a experiência. Mas que de fato é muito importante mostrar para o pequeno que naquelas páginas pode haver coisas tão maravilhosas quanto as encontradas na tela de um tablet. Que tal escolher o próximo presente para o seu filho em uma livraria?

Beijos

Tatá

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Socorro! Ele não quer comer!




Nem queira saber quantas vezes já fiquei à beira de um ataque de nervos diante de um pratão cheio e da recusa dos meus moleques. E olha que todo mundo diz que sou uma pessoa calma. Mas qual mãe não pira imaginando que o filhote pode adoecer quando não se alimenta direito, não é mesmo?

Se você também se descabela nessas situações, saiba que a aflição é muuuuuito comum por aí, inclusive o dr. Mauro Fisberg, pediatra e considerado uma das maiores autoridades no assunto, conta que trata-se da queixa número 1 nos consultórios.

O médico frisa que antes de qualquer julgamento é importante dar uma bela analisada no tamanho do prato e nas porções servidas ao pequeno. “Muitas vezes a criança até come bem e mesmo assim não atende as expectativas dos pais e dos profissionais que cuidam dela”, assinala. Pense se não anda exagerando.

Também é preciso descartar problemas que tiram a fome de qualquer um, caso de aftas e de resfriados.

Existem ainda aquelas fases em que a meninada simplesmente tranca a boca para tudo. Os experts chamam isso de neofobia, ou seja, o medo do novo. Quase todos, volta-e-meia, passam por algo assim e, na verdade, é um tipo de estratégia da natureza para evitar o consumo de venenos. Uma grande dose de paciência é fundamental aqui.  Caprichar na apresentação e no sabor da comida é a primeira estratégia. Temperos são bons aliados, só tome cuidado com os fortes e picantes, claro! Invente receitas, chame a turma para botar a mão na massa. Abuse da criatividade. Ah, só não vale recorrer às formulas que prometem abrir o apetite ou dar suplementos vitamínicos sem orientação. Fale com o pediatra. Afinal, cada caso é um caso. 

Por fim, Fisberg enfatiza que jamais se deve forçar, brigar ou oferecer recompensas.  “Uma atitude neutra é sempre bem-vinda”, revela. Não caia nas ciladas de obrigar o coitado a raspar o prato ou comer comida fria. Conte até dez, converse com a criança e procure entender o que há de errado. Será que o “papá”  está saboroso mesmo ou é uma verdadeira gororoba?

E nunca se esqueça de estabelecer limites, sem perder a ternura jamais.

            Bem, esse é só um primeiro capítulo dessa novela, vamos continuar com o assunto, fique tranquila.

            Beijim e boa sorte.

            Reg




terça-feira, 21 de maio de 2013

Vale a pena investir em ensino bilíngue?



Quando a Isabela estava prestes a completar 2 anos, achei que tinha chegado a hora de matriculá-la em uma escolinha. Na época, sugeriram optar por uma bilíngue. No começo fiquei receosa, pois me incomoda muito o fato da maioria das pessoas não falarem e muito menos escreverem o próprio português direito, imagine aprendendo duas línguas ao mesmo tempo! Mesmo assim, conversei com a diretora de um estabelecimento desse tipo que fica bem perto da minha casa e ela me explicou que as crianças são alfabetizadas primeiro em português e, só depois, aprendem a ler e escrever na segunda língua, o que ajuda a evitar confusões. Hoje, quase um ano depois, acredito que fiz a escolha certa, pois a Bebé fala e entende muitas coisas em inglês, deslanchou no português – quando ela começou a frequentar as aulas era difícil entender o que ela estava querendo dizer – sem misturar as duas línguas e fica muito feliz quando chega a hora de colocar o uniforme e pegar “a bag”.

Mas para ouvir a opinião de uma pessoa neutra, fui conversar com a Jéssica A. Fogaça que é psicóloga especializada em comportamento infantil e aprendizagem. Ela me explicou que a vantagem do ensino bilíngue é que os pequenos entram em contato com o segundo idioma de maneira bastante natural e que começam a achar normal usar as duas línguas. Mas ela alertou que antes de qualquer coisa é necessário checar o método de ensino do estabelecimento, se os professores de fato são fluentes nas duas línguas e se têm boa didática. Além disso, é preciso acompanhar de perto o desenvolvimento do pequeno para ver se ele está lidando bem com essa dinâmica e, diante de qualquer dúvida, pedir ajuda especializada - dentro e fora da escola. Por isso, se essa for a sua opção, fique atenta a esses detalhes para tirar todo proveito da escolha.

Beijos,

Tatá

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Driblando o dia da tranqueira, ops...da comprinha



Algumas escolas inventaram o tal do “dia da comprinha”. É assim: os pais dão uns trocados prá criança e ela complementa o lanche escolhendo o que quiser na lanchonete (prá ensiná-las a lidar com o dinheiro diante de uma prateleira cheia de opções). Na escola dos meus filhos tem isso aí e chegou a vez do meu caçula. Eis minha negociação:

- Filho, com as suas moedinhas você pode escolher ou uma salada de frutas, ou uma fruta, ou um pão de queijo ou um suquinho...O que você prefere?

(pausa e silêncio)..... – Mãe.....e se eu, assim, sem querer, comprar...tipo... bala?

Logo percebi a roubada: o tal dia da comprinha estava fadado a virar o dia da tranqueira. Minhas propostas saudáveis iam perder feio competindo com tantos doces e guloseimas. Foi aí que lembrei da pipoca. E que ela poderia ser uma saída honrosa, afinal tem fibras de montão e, por isso mesmo, é considerada por muitos experts uma boa aliada do intestino.

Aliás, já tem pesquisa mostrando que ela reúne uma penca de substâncias antioxidantes, aquelas queridinhas capazes de proteger nossas células de uma porção de encrencas.

Deu tudo certo. E meu moleque nem percebeu que anda levando lebre por gato – ou melhor, uma bela porção de milho transmutada em guloseima.

Nós vamos continuar falando de lanche saudável logo mais, com dicas de como turbinar a lancheira com opções saudáveis e deliciosas aos olhos dos nossos pequenos. Se você tem alguma dica, compartilhe com a gente. Vamos somá-las às nossas!

Beijocas,

Gabi (com uma ajudinha da Reg!)


sexta-feira, 17 de maio de 2013

A coerência foi dar uma voltinha...


Meu filho me saiu com esta assim que desceu da perua escolar: “Mãe, hoje aprendi sobre o trânsito... e vi que você faz uma coisa muito errada!!! Você passa no sinal vermelho...”

Meodeos!!! Fiquei vermelha. E muda. Para um menino de cinco anos, não faz mesmo o menor sentido a equação “condições de tempo e trânsito em São Paulo versus correria em que a gente se mete por vontade própria”. Nem que isso faz qualquer um decretar que o amarelo é verde (e se fechar, fechou), atender uma chamadinha no celular ou até furar o rodízio (tá, esses são os meus pecadinhos...).

A gente sabe que, de verdade, o exemplo é mais forte que qualquer palavra. Acontece que, na hora de chamar a atenção, é fácil soltar rapidinho um “já cumprimentou a fulana?” “Como é que se diz mesmo?” “Não faz cara feia!” “Divide com o amiguinho!” “Não briiiiiigueeeeem!”. Mas quem é que chama a atenção dos pais quando eles se esquecem de dar bom dia pro vendedor, não dizem obrigado pro porteiro, economizam nos sorrisos ou dão aquela reclamada básica se o carro da frente não andou rápido o suficiente? (Isso prá não falar de coisas ainda menos nobres, mas cada um que faça seu próprio juízo...).

Pois é. Prá mim, o grande desafio da maternidade MESMO é praticar todos os dias o exercício da coerência. Ser o exemplo que eu quero que meus filhos tenham e não o que nosso instinto mais primitivo de sobrevivência nos leva a ser se a gente se descuidar. E simbora fazer cada dia melhor do que o anterior!

Beijos coerentes a todos!

Gabi

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A mamada da madrugada e suas implicações...

Foto: Marly Pereira

Atire a primeira mamadeira quem nunca, nunquinha, consolou choros na madrugada com uma boa dose de leite. E não estou falando aqui dos bebês pequenos, que mamam a cada três ou quatro horas, 24 horas por dia.

Essa mamada costuma virar um problema (para mãe e filho) justamente quando os filhotes não precisam mais dela, coisa que acontece lá pelo quarto mês de vida. Nessa fase, o período de sono noturno vai se estendendo e o ritmo do bebê começa a se aproximar mais do ciclo noite/dia. Quando a criança começa a fazer intervalos  maiores entre as mamadas, de sete ou oito horas, é sinal de que ela pode passar sem essa da madrugada. 

Mas, como o negócio nunca é tão fácil e natural quanto nos compêndios de pediatria, o bebê continua acordando no meio da madrugada. E a gente continua achando que o choro é fome – principalmente porque os outros itens do check-list costumam estar ok (fralda suja, frio, calor). A grande verdade por trás do chororô noturno é bem mais simples: ele quer a mamãe. Só isso. (Eu, com meus quase onze anos de maternidade, nunca tinha ouvido isso assim, com todas as letras).

E daí que muita gente se esquece desse item (ou ignora, ou não percebe, ou simplesmente não acredita. Ou então sabe de tudo isso mas apela pro clássico sossega-leãozinho pra ele voltar a dormir). E dá-lhe leitinho.

Essa saída tem lá seus poréns. Primeiro: seu bebê vai aprender rapidinho que basta abrir o berreiro para as coisas que ele mais gosta se materializarem na sua frente (mamãe e peito, ou mamadeira). Se bobear, esse hábito pode se instalar até beeeeeem depois do primeiro aniversário.  

A saúde do filhote também fica comprometida: a mamada fora de hora interrompe o sono, momento em que os hormônios do crescimento são secretados, e soma calorias desnecessárias. “É um jeito de criar uma criança baixinha e gordinha”, resumiu o pediatra Hany Simon Jr, do Hospital Albert Einstein.

Esse foi outro ponto que rendeu discussão no debate da Johnson`s, mas achei que valia a pena voltar a ele porque é uma realidade em muitas casas...

Beijos,

Gabi

P S: Eu não fiquei refém da mamada-calmante graças à minha pediatra. Mas não posso dizer que criar uma rotina de sono seja, assim, tiro-e-queda. Esse pode ser um looooongo aprendizado. As dicas (veja algumas aqui) ajudam, sim, mas nada como o tempo e a paciência prá tudo entrar no eixo. Boa sorte!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Fralda Justa no site da Revista Crescer!

Gente, hoje estamos no site da Revista Crescer, da Editora Globo, como blogueiras convidadas.

O texto tá bem bacana e fala sobre táticas para garantir uma alimentação saudável pros filhotes.

Dá uma olhada lá!

http://revistacrescer.globo.com/Blogueiros-convidados-de-maio/noticia/2013/05/quem-manda-no-meu-prato-sou-eu.html

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Impossível comer um só?


Um dos passeios prediletos dos meus filhos é ir ao supermercado com o vovô. Mas, cada vez que eles chegam da “excursão”, lá vem surpresa!

Outro dia, o Tiago, meu caçula, comprou um pote de castanhas-do-pará. Fiquei feliz pela ótima escolha, afinal elas carregam uma penca de substâncias benéficas, caso do selênio, mineral que reforça o sistema imune. O problema é que o moleque não conseguia parar de comer. Minha mãe ficou tensa achando que o exagero poderia desencadear um baita desarranjo. Com razão, já que além do precioso selênio, a iguaria soma gorduras e fibras, dupla conhecida por dar aquele empurrão ao trânsito intestinal.

Lembrei que, na cartilha da nutrição, um dos pontos principais é o equilíbrio. Não importa se o alimento está lotado de nutrientes, quando é consumido em excesso, o tiro acaba saindo pela culatra.

Conversei sobre isso com a Priscila Maximino, nutricionista e expert em alimentação infantil e, primeiro, ela me acalmou dizendo que seria preciso comer mais de meio quilo para surgir a dor de barriga. Ufa! 

Depois, me contou que o ideal é oferecer a quantidade certa para a criança, ou seja, nada de largar o pacote inteiro na mão do menino, como eu fiz, principalmente se for uma delícia. Inclusive, a dica vale para tudo quanto é tipo de comida. Lembre-se: o melhor é servir sempre em porções e assim evitar excessos. No caso de castanhas e afins, a sugestão da Priscila é dar um bocado do tamanho de um pires pequeno.


Aliás, a nutricionista elogiou a escolha do Ti e ainda comentou que o alimento é uma excelente opção para a hora do lanche. Desde que seja consumido na medida certa. Olha lá, hein?

Beijim, 

Reg

sexta-feira, 10 de maio de 2013

23 coisas que toda mãe merece...


  • Ganhar um beijo gostoso
  • Ver o prato limpo
  • Receber um boletim azulzinho
  • Ficar à beira da piscina sossegada
  • Tomar banho sem ouvir “manhêeeeeeee!”
  • Não interromper o jantar, a conversa ao telefone, o cochilo de domingo porque alguém gritou “manhê ......fiz cocô!!”
  • Sair com o marido para jantar fora e não falar de filhos
  • Sair com as amigas e só falar bobagem
  • Ficar sozinha e não falar com ninguém
  • Viajar sem se sentir culpada (nem arrependida...)
  • Assistir a filmes próprios (e impróprios) para maiores de dez anos
  • Assistir a um filme inteiro (sem “pause”)
  • Poder fazer a unha quando quer, se depilar quando precisa e malhar todo dia (ou nunca, se preferir)
  • Tirar uma folga (uminha que seja...) das reuniões da escola
  • Ir trabalhar sem cheirar a leitinho, nem com manchas de suquinho, nem com nada que lembre “amamentar”
  • Ter tempo de se arrumar depois de deixar o filho liiiindo prá sair
  • Receber uma cantada
  • Ouvir um “eu te amo” no meio da tarde
  • Ouvir um “você está linda” (mesmo descabelada e com olheiras...)
  • Ter a sua barriga de volta. E o cabelo, e o culote e a pele lisinha também
  • Ter um marido (ou um namorado, ou um ficante) que faça massagens nos pés e que depois diga “pode deixar que eu ponho ele prá dormir”
  • Lembrar que tudo vai dar certo no final. Se não deu, é porque ainda não acabou
  • Deitar a cabeça no travesseiro à noite sabendo que deu o melhor de si. E que toda mãe erra de vez em quando

Um ótimo Dia das Mães a todas!

Reg, Tatá e Gabi

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Quer um bebê tranquilo? Bora cuidar de você, mamãe

Foto: Marly Pereira
Quem nunca chorou numa madrugada insone junto com seu bebê? Quem nunca sentiu tristeza ou solidão naqueles meses em que a gente se transforma praticamente num peito que amamenta e dificilmente consegue cuidar do cabelo, das unhas, que dirá do corpo – ou do próprio marido.

Calma, meninas. Isso tudo é normal e ninguém precisa se culpar por sentir falta de tantas coisas pré-maternidade...ninguém é menos mãe por isso. Esse foi um dos assuntos discutidos no bate-papo que a Johnson`s Baby promoveu ontem, aqui em SP. Nós do Fralda Justa estávamos lá para conferir toda essa conversa bem de perto. Pro debate, a Johnson`s convidou dois nomes de peso: a psicanalista Betty Milan e o pediatra Hany Simon Jr.

Uma coisa em que os dois concordam é que, quanto mais a mãe se cuida e se sente bem, descansada e bonita, mais energia boa ela passa pro filhote – que, sim, sente tudinho. E reage de acordo.

“Se a mulher não consegue se enxergar como pessoa e passa por estresse constante acaba provocando alterações hormonais no bebê. E isso não passa só pelo leite, as próprias mudanças que ocorrem no corpo da mulher quando ela está tensa afetam o pequeno”, disse o doutor.

Então fica o recado. Cuide-se que você estará cuidando muito melhor do seu bebê!

beijos,
Reg, Tatá e Gabi

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Quem disse que os filhos preferem as mães em casa?

Vancity197/stock.xchng

Por essa eu não esperava... Quando eu decido pedir demissão, desacelerar para ter mais tempo com meus filhos e largar a vida de plantão, de chegar tarde, de trabalhar feriados, eis que minha filha mais velha me sai com essa: “Mãe...agora que você saiu do seu emprego, o que você vai fazer além de nos levar pra natação e essas coisas?”.

Crise-de-mulher-que-trabalha minha avó já tinha. Mas crise-dos-filhos-de-mães-que-param-de-trabalhar? Essa foi nova para mim.... e eu não sabia se ficava feliz (afinal a Bia cresceu vendo que a mãe gosta de trabalhar) ou se me preocupava (sabe-se lá que tipo de mãe neurótica sou quando sou só mãe).

Bom, mãe em crise...corri prá psicóloga. Bati um papo com a Dra. Ceres de Araújo, especialista em comportamento infantil da PUC-SP, e ela me atualizou: foi-se o tempo em que os filhos ficavam revoltados com a mãe que trabalha fora (claro, desde que ela não suma de casa, por favor). E ela disse mais: hoje é comum ouvir dos filhos que, se a mãe não tem nenhuminha ocupação (além das domésticas...), deve ser porque tem algo de errado com ela, tipo era meio “burrinha” prá só viver às custas do marido. Dra. Ceres arrematou dizendo que a profissão da mãe traz valor para a identidade do filho. Simples assim.

Agora, vai de cada um como lidar com isso sem perder o rebolado pra virar aquele ser multitarefas em que a gente se transforma. Afinal, não dá prá delegar coisas como ir nas reuniões de escola e apresentações de balé, acompanhar lição de casa, levar prá atividades interessantes, escutar os dileminhas deles, participar das alegrias, consolar as pequenas e grandes tristezas. De preferência, com um sorriso no rosto e um bocado de paciência. Prá isso, acho que ninguém tem a receita ainda.

Ah, quer saber o que eu respondi prá Bia? ...Abri um blog sobre maternidade!!!

Beijos e que a nossa senhora das mães em crise ilumine todas as mães que trabalham, as que querem ficar em casa prá cuidar dos seus filhotes e as que ainda não decidiram como resolver essa questão!

Gabi

terça-feira, 7 de maio de 2013

Bebês x animais de estimação. Uma relação que tem futuro?

Foto: Marly Pereira
Recentemente fui visitar uma grande amiga que está grávida do primeiro filho. Ela me contou que, apesar da felicidade de se tornar mamãe em breve, estava inconsolável porque teria que doar o labrador que criava no seu apartamento como se fosse um filho. Ela me explicou que a recomendação tinha vindo de uma prima que, por ordem do obstetra, teve que fazer a mesma coisa quando estava prestes a dar à luz. Achei esse papo muito estranho, pois conheço um monte de gente que tem filho e animalzinho em casa vivendo na maior harmonia. Mas, como esse assunto nunca tinha sido levantado no consultório do médico da Isabela já que não tenho nenhum pet, sugeri que ela conversasse com um especialista antes de tomar qualquer decisão.

          Na semana seguinte ela me ligou toda feliz contando que eu estava certa. O pediatra que vai cuidar do Guilherme garantiu que não há nenhum problema em manter o cachorro em casa depois que o pequeno chegar ao mundo. Mas alguns cuidados são imprescindíveis para que essa convivência seja segura, independente do tipo de animal. As vacinas devem estar rigorosamente em dia, ele precisa visitar o veterinário frequentemente e estar com a higiene em dia. Além disso, ele nunca deve ser colocado dentro do berço ou para dormir com o bebê e os carinhos que o pequeno faz no bicho devem ser acompanhados de perto, já que ele não tem muita noção da sua força e dos locais que não podem ser tocados.

Beijos

Tatá

segunda-feira, 6 de maio de 2013

No meu prato entra quiabo, mas mandioquinha, não!



 A baba do quiabo faz muita gente riscar o vegetal da dieta. Não à toa, né? Aquele líquido não tem um aspecto dos mais apetitosos.  Mas existe criança que se delicia, pode acreditar.  O Victor, meu mais velho, nem liga para o caldinho viscoso, pelo contrário, ele come uma bela porção e ainda pede mais. Principalmente se for a “receita da avó”, claro.
Agora, se eu incluir pedaços da adocicada e suave mandioquinha no prato, o menino torce o nariz e deixa de lado. Vai entender...
 Essa contradição é típica de uma turma batizada por especialistas como seletivos. Eles simplesmente odeiam alguns alimentos e daí não tem acordo, jeitinho, aviãozinho, carinho ou bronquinha, os danados travam a boca e pronto!
Aprendi com o dr. Mauro Fisberg – pediatra e um dos maiores especialistas em dificuldades alimentares infantis –  que é fundamental ter paciência nessas horas. Respirar fundo e contar até 1 000, se for o caso. Isso evita que a mesa se torne quase uma “praça de guerra”, como diz o professor.
Fisberg enfatiza que jamais se deve forçar a criança a engolir o ingrediente indesejado. Uma atitude dessas pode piorar a situação e fazer com que o pequeno veja a hora do almoço ou do jantar como um momento de tortura e sofrimento.
Também não é preciso excluir o alimento da dieta da família só porque o seletivo não quer, por favor. Que tal apostar em outros modos de preparo? Ainda descubro como deixar a mandioquinha irresistível para o Vi.
         E, por falar em receita, vou contar um truque da vovó para que o quiabo fique menos “baboso”: esprema bastante limão. Vale a pena, viu? Cientistas afirmam que a hortaliça contém um mix de substâncias, caso das fibras solúveis, que colaboram para o equilíbrio do colesterol na corrente sanguínea. O coração vai bater feliz!
         Beijim.
         Reg

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Sono, o grande vilão de nove em cada 10 mães



Basta uma pobre mãe cheia de olheiras começar a se queixar que seu bebê não dorme para todo mundo só lembrar de como suas noites eram tranquilas. Eu ficava me achando uma ET, a única a não pregar os olhos durante as longas primeiras semanas da minha filha mais velha. Muitas conversas com mães sonolentas depois, percebi que se seu filho dorme a “noite toda” desde que nasceu, considere-se muito sortuda. Seu caso é exceção, não a regra.

Esses meses são realmente difíceis, mas algumas regras podem ajudar. Ou pelo menos, não segui-las é o caminho certeiro para o desastre se instalar por mais longos meses. As dicas da Academia Americana de Pediatria funcionaram comigo, mas não espere milagres de uma noite para a outra:

Desde o nascimento
  • Dica número um: seu bebê não sabe nada sobre o movimento de rotação da Terra. Por isso, ajude-o a diferenciar o dia da noite desde cedo, deixando-o dormir com claridade e cortinas abertas, sem impor um toque de silêncio de dia, e brincando bastante quando estiver acordado.
  • As mamadas e trocas noturnas devem ser em ambiente absolutamente silencioso e escurinho. Tente não estimulá-lo nem conversar muito nessas horas.
  • Não o acostume a adormecer balançando no colo, passeando no carro ou no carrinho, sendo embalado e acalentado. Pelo menos não todas as vezes. Assim você não vai criando um hábito que pode ser difícil de erradicar mais tarde. Seu pequeno, que de bobo não tem nada, ficará esperando para sempre aquele estimulo para dormir.
  • Coloque-o no berço sonolento, porém acordado, para que aprenda a pegar no sono sozinho
  • Não corra ao primeiro buá. Dê a chance a ele de retomar o sono.
  • Principalmente: não faça dessas dicas uma paranoia nos primeiros três meses do seu bebê: nesse período, tudo é válido e ainda não é hora de impor uma rotina rigorosa de sono.  

A partir dos três meses e nos primeiros anos da criança:
  • Imponha uma rotina:  a criança deve sempre ir pra cama no mesmo horário, fazendo um pequeno ritual antes para marcar a transição do dia para a hora de dormir. Leia uma história, cante uma musiquinha, deixe-o com algum brinquedo favorito (desde que não ofereça riscos, como botões soltos, borrachas e enchimentos que possam sufocar, etc).
  • Mas seja consistente: a rotina deve ser seguida todos os dias
  • Deixe que o bebê se sinta confortável: atenda pequenos pedidos como um último copo de água ou uma luzinha acesa. Mas também não deixe que os pedidos sejam intermináveis.
  • Em hipótese nenhuma leve a cria pra sua cama. Ou você terá outro problema para resolver mais pra frente – isso sem contar o problema imediato da falta de intimidade com o pai em questão.
  • Não volte a cada chamado. Tente esperar uns segundos e aumentar esse tempo gradativamente antes de correr para ele. Faça-o esperar a cada dia um pouco mais até que você não precise chegar bem ao lado, bastando uma palavra de consolo desde longe. Sempre lembre que está na hora de dormir.
Boa sorte e bons sonhos!

beijos,

Gabi

quarta-feira, 1 de maio de 2013

A sobrevivência dos Croods – e a nossa



Não, não foi aquela mensagem sobre vencer os medos e tal que me pegou ao assistir “Os Croods” (prá quem não viu, o filme deixa uma reflexão bacaninha sobre como o medo do desconhecido nos paralisa e nos impede de mudar...). O que me deixou mesmo paralisada na poltrona do cinema foi ouvir uma frase mais ou menos assim: “Eu só estava tentando sobreviver” (diz o pai medroso), ao que o menino corajoso responde: “Você só estava agindo como pai”.

Fiquei pensando em quantas vezes, na gincana em que se transforma nossa rotina entre filhos, trabalho, casa, ginástica, supermercado, médicos, reuniões etc etc, somos levados a simplesmente focar toda nossa energia para satisfazer as necessidades básicas e mais primitivas do nosso pequeno grupo (A criança comeu? Escovou os dentes antes de dormir? Fez a lição de casa direitinho? Está saindo de regatinha só “porque está sol lá fora”, mas é pleno inverno? A lancheira está minimamente saudável? Está levando a sucata para a atividade na escola? Lembrei de marcar consulta com a pediatra?).

E também nas tantas outras em que falta energia e atropelamos os menores sem dó nem piedade se querem contar uma história mais demorada diante de um prato ainda intacto, querem dar só mais um beijinho antes de dormir (ou sair), nos convidam prá sentar e montar um quebra-cabeça enorme... Os anos passam rápido e eu não quero só sobreviver à infância dos meus filhos, nem que eles pensem que a vida é uma lista de tarefas a ticar. Quero mostrar como a vida é boa – e como ela é muito melhor com eles.

E você, também se sente assim de vez em quando?

beijos,

Gabi